E NEM O ENEM NA PÁTRIA EDUCADORA?

Há pouco, enquanto ouvia atentamente Maria Ines Fini, a presidente do INEP anunciar com regozijo e indisfarçável alívio, a realização (ontem) do 1º dia dos exames do ENEM — nos locais não invadidos —, pensei comigo: triste nação aquela que necessita se justificar e até agradecer a todos os santos e orixás, uma ação tão comezinha e essencial para colocá-la nos trilhos do trem da história, que apita no cruzamento...mas não espera ninguém! No caso da Educação, uma obrigação prevista no capítulo 3 da arcaica Constituição Federal de 1988.

Tal coletiva à imprensa se justifica. Conservamos na memória os recorrentes fiascos ocorridos neste citado exame em anos anteriores e principalmente na gestão do Mercadante, ex-ministro da Educação, ferrenho ex-integrante da tropa de choque petista que era prestigiado por Dilma e preterido...até ignorado por Lula. A exemplo do falante Alexandre de Moraes, por enquanto Ministro da Segurança, o agora sem função Mercadante, sentou-se em cadeiras diversas com competência duvidosa — um em São Paulo, apadrinhado por Alckmin e outro na ilha da fantasia brasiliense.

Neste corrupto ano da (des)graça de 2016 — à parte as ocupações de cunho político por desocupados —, parecia tudo "nos trinques", não fosse a inocente falha do governo: anunciou o adiamento do exame em pelo menos dois estabelecimentos de ensino (um no Pará e em Taquatinga no DF) e o exame foi aplicado normalmente nestas escolas. Me lembrou o impagável personagem Sandoval Quaresma e seu bordão na Escolinha do Professor Raimundo: "Tava indo tão bem!". E levou uma nota baixa pela bobagem.

Noticia-se que, mais de 400 escolas ainda permanecem invadidas pela minoria que julga ter o direito de prejudicar estudantes que em tese, serão o futuro do Brasil. A justiça, determinou a reintegração de posse em várias, mas a obediência à decisão...depende da boa vontade na legião dos insensatos! Há instituição de ensino em que 10 pseudo-estudantes impossibilitaram a realização da prova. Em outra, os manifestantes protestam com o rosto encoberto. Muitas famílias, mesmo sem recursos, investiram na preparação de seus filhos e estes renunciaram à diversão e lazer, visando triunfar em busca de um futuro melhor. Revoltante e inaceitável! Aparelharam até órgãos de ensino e...deu ruim! Uma vergonha nacional escancarada aos olhos do mundo, cada vez mais cético em relação à seriedade do país. E Charles de Gaulle, um dia sentenciou...

O MEC tem receio das recentes ameaças de que irão incendiar o país? Será que teme os obscuros e suspeitos movimentos sociais que encontraram guarida e são acobertados pelo PT, PSol e PCdoB, siglas aliadas nestas insanidades, nesta tática politiqueira? O que há por trás destas manifestações orquestradas que deveriam ter sido combatidas no início? A simples interrupção do fornecimento de luz, água e telefone, não teriam evitado a despesa extra de 12 milhões com o ENEM, nos casos em que foi transferido para dezembro?

As invasões pelos 'sem ocupação' se parecem com reuniões festivas nas mesas de bares. Alguém acredita que estão discutindo os rumos da nação, as reformas no ultrapassado ensino médio ou a PEC 241? E, diante a letargia e frouxidão do governo, quem garante que os locais das remarcadas provas não serão invadidas até sua efetiva realização? Mais grave e dramático: as novas datas coincidem com importantes vestibulares e até concursos públicos — o pobre postulante ao curso ou cargo, inscrito em ambos eventos, terá de optar.

O recente caso da agora celebridade-instantânea-futura Gleisi Hoffmann, a menor de idade, Ana Júlia no Paraná e meses antes com o gesto obsceno feito pelo dedo médio, mostrado por Maria Beatriz, neta do filho de Garanhuns, para uma repórter do jornal O Globo, induzem muitos a pensarem na eventual falta que fazem (e às vezes são necessários) dr. Chinelo ou a dra. Cinta na boa formação de um(a) aborrescente que exprime as palavras e pensamentos, feito um boneco de ventríloquo com a intenção pura e simples de "bombarem" nas redes sociais. No caso da primeira, gazeteando e doutrinada pelo pai, cadê o ECA? No caso da segunda, infeliz jovem, o triste destino: trata-se de uma herança familiar!

Nutopia
Enviado por Nutopia em 06/11/2016
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