Esse Texto


     O quarto era escuro. A cama desarrumada. A cortina deixava uma parte do céu aparecer. Um dos ganchinhos da cortina soltara. A tevê desligada, mas o game piscava. Havia duas cômodas e sobre elas diversas coisas. A maioria não era necessária. Havia um espelho no teto e por estar tão bem colado ali permanecia. Na cabeceira da cama havia um quadro de uma artista desconhecida que estampava um cenário rural. Na parede, próxima da janela havia três quadros menores, apenas ornamentação. Nenhuma obra de arte. Os livros se espalhavam por todo quarto. Numa mesinha de telefone não havia telefone, mas servia de estante de livros. Vários livros por ler. A parte que a janela revelava do céu tinha um fundo azul claro de primavera de uma chuva recente. Um abajur proporcionava uma luz fraca que deixava o quarto aconchegante. Próxima a cômoda e no lado oposto da cama havia uma mesa de plástico e uma cadeira dobrável desconfortável, a almofada atenuava um pouco as dores lombares. Sobre a mesa um notebook e mais livros. Sentado na cadeira um homem que digitou esse texto. 
Rodiney da Silva
Enviado por Rodiney da Silva em 08/11/2016
Código do texto: T5817370
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