Meu carrinho de rolimã

Outro dia, encontrei meu velho carrinho de rolimã ali jogado no canto do velho galpão, empoeirado e sem um rolamento do lado esquerdo. O velho carrinho ainda tem um pedaço de traz quebrado pela pancada no parapeito da ponte onde quase caí quando a descida foi muito rápida.

Por diversas vezes vejo as crianças de hoje com todo tipo de aparelhamento tecnológico, tablet´s, smartphones, computadores e vídeo-game, tirando assim a socialização, as saudáveis brincadeiras dão espaço para crianças fechadas e Insociáveis.

Lá em casa, era uma verdadeira baderna e todos aqueles moleques brigando para descer a rua no carrinho de rolimã, brigávamos e cinco minutos depois estávamos outra vez alegres e disputando o carrinho. Nada mais saudável, estávamos todos os dias brincando.

Hoje, vejo crianças trancafiadas em seus tablet´s, smartphones e vídeo-game, deixando de socializarem, pois seus pais estão sempre ocupados e preocupados em juntar somas e somas de dinheiros. No mundo virtual, não olhamos nos olhos, sentimos a emoção das brincadeiras e jamais iremos cativar amizades.

Ali, no canto do velho galpão, continuará meu querido carrinho de rolimã, não esquecido, mas abandonado, pois jamais será disputado pelas crianças que hoje estão hipnotizadas pela tecnologia. Saudades dos amigos e das brincadeiras de crianças.

Goianésia, 14 de dezembro de 2016.

Aureliano Peixoto
Enviado por Aureliano Peixoto em 14/12/2016
Reeditado em 21/12/2016
Código do texto: T5853462
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