HIPOCRISÍA ATÉ QUANDO ?

Mas nos dias de hoje, como é fácil ser sórdido fingido, dissimulado, escamoteado e fazer crer ao outro que, somos portadores de uma virtude e isso não corresponder à verdade.

Então,quando vemos o impostor cair na vala rasa da mediocridade humana ao ser pilhado em delito flagrante, da sua falsa devoção e desmascarado nos seus inexistentes sentimentos, dá pena, muita pena ver como se encolhe, rasteja e fica tão parecido com um animal peçonhento, corpo todo colado ao chão, enlameado com sua própria sujeira.

A falsidade é uma praga em alta numa sociedade que parece estar organizada para transformar e deformar caráter, muito mais do que o enaltecer.

Vale tudo realmente, para sermos vistos como aquilo que não somos?

Vale o preço da desonra quando somos descobertos e desnudados em nossos sentimentos hipócritas e mentirosos?

Vale a mentira e a simulação de quem e como diriam nossos avós, comem sardinha e arrotam bacalhau?

Temos que lutar uma luta sadia para procurarmos diminuir a distância entre o que se diz e o que, se faz e tentarmos sempre, chegarmos ao ideal de que a nossa fala seja exatamente, a prática das nossas atitudes do dia-a-dia.

É possível sim, identificarmos se alguém mudou realmente ou apenas se revelou em sua mais pura e essencial personalidade que nunca deixou de ser, a maneira de fazermos isto e convivermos.

Santo remédio a convivência que desmascara a hipocrisia, numa determinada hora e local indeterminado, mas que acaba sempre acontecendo.

O hipócrita vive sempre duvidando que em meio a uma tempestade possa um raio cair exatamente sobre a sua cabeça. Isto pode ser muito difícil, mas descobrimos que aquilo que ele fala e o que não faz, com certeza é um risco certo que todo mau caráter corre.

Ficaram também muito mais pegajosas, escorregadias, incertas, dissimuladas e imprevisíveis a maioria das novas e recentes histórias de amor, pois, infelizmente, mas não se faz mais Romeus e Julietas como antigamente e algumas famílias não tratam mais de defenderem a honra de coisíssima nenhuma!

O primeiro dever na vida de muitas pessoas tem sido a de ser o mais artificial possível. O segundo? Também.

Porém os riscos de uma conduta hipócrita são evidentes.

Afinal se é verdade que nos tornamos responsáveis por aquilo que cativamos, como dizia Exupéry, não menos verdade será alertarmos que muitos não merecerão nenhuma clemência ao terem enganado àqueles bons propósitos.

Dá muito mais trabalho não ser o que realmente somos, do que nos colocarmos, peito aberto em qualquer situação, sem máscaras, engodos, disfarces e preocupados exclusivamente, em sermos verdadeiros e acima de tudo, com nós mesmos.

Tudo isso é caracterizado devido a complexidade das relações humanas é sempre um grande tabuleiro de xadrez, no qual, o xeque-mate vem sendo a falta de compromissos com a autenticidade de sentimentos externados e dificilmente autênticos ou verdadeiros.

Além da verdade, Hipocrisia significa fingimento, falsidade; fingir sentimentos, crenças, virtudes, que na realidade não possui. Hipocrisia deriva do latim e do grego e significava a representação no teatro, dos atores que usavam máscaras, de acordo com o papel que representavam em uma peça.

O hipócrita é alguém que oculta a realidade através de uma máscara de aparência. Mais tarde é que passou a designar as pessoas que representam, e que fingem comportamentos. A hipocrisia também é usada num duplo sentido, quando alguém acredita que cabe um grupo de normas morais a um grupo, e para outro grupo, caberiam outras normas morais. Um hipócrita muitas vezes finge possuir boas qualidades para ocultar os seus defeitos, e por isso é também conhecido como uma pessoa dissimulada.

Na religião há vários exemplos de hipocrisia, no Novo Testamento, onde os hipócritas são lembrados em muitas passagens bíblicas.

No mundo da música, os artista brasileiro Lulu Santos descreve a hipocrisia em "Tempos Modernos" como um muro "que insiste em nos rodear". Ainda a respeito à hipocrisia, Cazuza afirmou: "O que mais odeio é gente complicada e preconceituosa, hipocrisia e ser acordado. Nenhuma outra coisa consegue ser pior do que isso".

Hipocrisia ou hipocresia.

O hipócrita é terrível, é como um punhal bem amolado encravado em uma cruz de "pinho".

Considere o ambiente religioso existente quando Jesus estava na Terra. Os escribas e os fariseus fingiam ser instrutores leais da Lei de Deus, mas na realidade enchiam a mente das pessoas com ensinos humanos que desviavam a atenção de Deus. Os escribas e os fariseus insistiam na letra da Lei, mas não faziam caso dos princípios fundamentais que refletiam amor e compaixão. Em público, fingiam ser devotados a Deus, mas em particular estavam cheios de maldades. Seus atos nunca condiziam com suas palavras. Faziam as coisas para “serem observados pelos homens”. Assemelhavam-se a “sepulcros caiados, que por fora, deveras, parecem belos, mas que por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda sorte de impureza”. Expondo francamente a hipocrisia deles, Jesus disse-lhes repetidas vezes: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas!” — Mateus 23:5, 13-31.

Se você tivesse vivido naqueles dias, talvez tivesse ficado enojado com esta hipocrisia religiosa, assim como outras pessoas honestas ficaram. (Romanos 2:21-24; 2 Pedro 2:1-3) Mas, teria permitido que essa hipocrisia dos escribas e dos fariseus o amargurasse a ponto de rejeitar toda religião, inclusive a ensinada e praticada por Jesus Cristo e seus discípulos? Não teria saído perdendo com isso?

A conduta hipócrita de pessoas religiosas talvez nos leve a repugnar a religião. No entanto, tal reação nos cegaria também para com a sinceridade dos verdadeiros adoradores. As próprias barreiras que erguemos contra a hipocrisia podem, na realidade, desviar-nos de amigos genuínos. Portanto, nossa reação à hipocrisia deve ser razoável e equilibrada.

Primeiro, temos de aprender a identificar os hipócritas. Isto nem sempre é fácil. Uma família aprendeu isso a duras penas. A mãe havia entrado em coma. A família moveu um processo por negligência médica contra o hospital e contratou um advogado, que também era pregador numa igreja local. Embora o hospital tenha pago uma indenização de 3,4 milhões de dólares, a tragédia da família piorou. A mãe faleceu na miséria, e não houve dinheiro para pagar seu enterro. Por quê? Porque o advogado embolsou a maior parte do dinheiro. Um jornal jurídico disse a respeito deste advogado: “Se ele pregasse o que pratica . . . [em vez de “oremos”] a mensagem dele teria de ser: exploremos.” Como nos podemos proteger contra pessoas assim?

“Mantende os olhos abertos”, foi o conselho que Jesus deu nos seus dias aos que se viam confrontados com hipocrisia religiosa. (Mateus 16:6; Lucas 12:1) Deveras, temos de ser cautelosos. Alguns talvez afirmem ter os objetivos mais nobres e dão a impressão de muita sinceridade, mas nós temos de ter uma cautela razoável e não aceitar logo todos apenas pela aparência. Não verificaríamos atentamente as nossas notas de dinheiro se soubéssemos que havia dinheiro falsificado em circulação?

Tem havido hipócritas até mesmo dentro da verdadeira congregação cristã. O discípulo Judas advertiu sobre eles, dizendo: “Estes são os rochedos ocultos sob a água, nos vossos ágapes, banqueteando-se convosco, pastores que se apascentam a si mesmos sem temor; nuvens sem água, levadas pelos ventos; árvores no fim do outono, mas infrutíferas.” — Judas 12.

‘Manter os olhos abertos’ significa evitar ser enganado por alguém que finge ser amoroso, mas que na realidade é egocêntrico e promove opiniões que não se baseiam na Palavra de Deus. Tal pessoa, igual a um rochedo pontudo logo abaixo da superfície de águas calmas, pode causar naufrágio espiritual aos incautos. (1 Timóteo 1:19) O hipócrita pode prometer muito em matéria de revigoramento espiritual, mas depois fica evidente que é uma ‘nuvem sem água’ — não provendo nada. Assim como uma árvore sem frutos, o enganador não tem nenhum fruto cristão genuíno. (Mateus 7:15-20; Gálatas 5:19-21) Deveras, temos de estar atentos a tais enganadores. No entanto, temos de fazer isso sem desconfiar da motivação de todos.

“Parai de julgar”

Como é fácil os humanos imperfeitos salientarem as falhas de outros, sem fazer caso das suas próprias! No entanto, esta inclinação nos torna vulneráveis à hipocrisia. “Hipócrita!” disse Jesus. “Tira primeiro a trave do teu próprio olho, e depois verás claramente como tirar o argueiro do olho do teu irmão.” Faremos bem em acatar o seu conselho: “Parai de julgar, para que não sejais julgados; pois, com o julgamento com que julgais, vós sereis julgados . . . Então, por que olhas para o argueiro no olho do teu irmão, mas não tomas em consideração a trave no teu próprio olho?” — Mateus 7:1-5.

Quando outros às vezes fazem algo que parece ser hipócrita, temos de ter cuidado para não classificá-los apressadamente como hipócritas. Por exemplo, o apóstolo Pedro “passou a retirar-se e a separar-se” de concrentes gentios em Antioquia para agradar aos visitantes de origem judaica vindos de Jerusalém. ‘Barnabé também se deixou levar por Pedro e outros neste fingimento’. Pedro fez isso apesar de ter tido o privilégio de abrir o caminho para gentios serem admitidos na congregação cristã. (Gálatas 2:11-14; Atos 10:24-28, 34, 35) Mas esta falha por parte de Barnabé e de Pedro certamente não os colocou na mesma categoria dos escribas e dos fariseus, nem de Judas Iscariotes.

E finalizando, Quando você der esmola”, aconselhou Jesus, “não publique sua caridade a todo o mundo, como fazem os vaidosos e os fingidos, nas salas de reuniões e nas ruas. Eles só querem ser elogiados pelos homens.” (Mateus 6:2,)

É só .....!

JOSÉ JOAQUIM SANTOS SILVA

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José Joaquim Santos Silva
Enviado por José Joaquim Santos Silva em 07/01/2017
Reeditado em 07/01/2017
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