VENDE-SE: VIAGRA!

VENDE-SE: VIAGRA!

“Nosso poder de compra subiu, depois de não sei quantos anos”.

Não façam confusão entre "poder de compra" (seja lá o que seja isso) e poder fazer compra. Ou seja, o negócio é comprar, só pelo prazer de gastar. E convenhamos é fácil. Em quase todas as esquinas têm anúncios de vendas, até mesmo viagra do Paraguai é oferecido com palavras grifadas em letras garrafais.

Por este caminho chegamos a palavra "subir", que dá a entender que se está perante uma subida de algo com vigor (piroca), o que por via das dúvidas necessita do referido viagra. E subindo ou descendo inviabiliza o poder de compra, pois na economia de mercado financiamento gera dívidas; e estas tornam-se lixo, independente do tamanho do seu... pode balançá-lo que os últimos pingos não aliviarão o tesão; se é que o azulzinho fez o efeito esperado.

Quero que entendam de uma vez, sou eu (na primeira pessoa do singular) que estou escrevendo... Não é economista e nem sexólogo nenhum!

Biologicamente e não organicamente, bilau duro, se não for priaprismo, é efeito do complexo de Édipo; também não passa pelo comprar e/ou barganhar, ainda que seja o anel de couro e/ou a perseguida.

Uma vez que um erro não justifica o outro, e ressalvada as ofensas pessoais peço desculpas pela interpretação dos fatos. O que é orgânico, orgânico é: aqui ou lá na Nova Zelândia, independe dos preços ou do tesão dos envolvidos. O que não passa por render tributo a uma meia-dúzia de indivíduos chinfrins (alusão real, não utópica, do Congresso Nacional).

Ou então podemos visualizar algo assim: quando eu perco o emprego e o salário do meu melhor amigo é reduzido pela metade, não é a desgraça dele que é menor que a minha; sou eu que sou filho da puta, ou melhor, malandro de marca maior. Donde concluímos que não tem ereção que dê jeito, nos preços e nem no nosso poder de compra.

Bem sei que impostos e taxas causam impotência tanto aqui no Reino da Corrupção como no Reino da Dinamarca, contudo venho me protegendo com rezas, infusões e sonegações.

P. S. Inspirado em cartaz de anúncio de venda de viagra do Paraguai.