BIG BROTHER BRASIL E SUA SELETA AUDIÊNCIA

Ninguém nega que o BBB é um fenômeno de popularidade. É inquestionável. Quando nos sentamos no sofá da sala e ligamos a tevê, buscamos uma espécie de anestesia, uma fuga da realidade. Aí você sintoniza o canal e pensa: " Caramba , o outro cara também está sentado no sofá. Putz, que incrível!"

E continua: " Haha, ele também está vendo televisão assim como eu. Uau, como somos parecidos mano."

O Big Brother é fantástico, pois consegue te causar um tremendo suspense em relação ao mais trivial dos acontecimentos. Por exemplo, o novo petisco que o líder da casa vai apreciar torna-se um momento de atenção plena para o espectador: " Hum, será que ele come o churrasquinho feito pelo 'quase eliminado' da casa, ou o amendoim daquela vasilha no canto da mesa?"

Bem, deixa eu agora aproveitar o intervalo para comentar os babados dos participantes no grupo do zap. Esse último bloco foi quente...

Não, não, agora é sério. Como podemos ser tão massivamente controlados por uma programação tão degradante? O intuito central é de nos entreter, entorpecendo-nos intelectualmente, a ponto de nos alienar. Por quê damos ares de importância à coisas tão comuns a todos nós? Quanto disperdício de tempo... Bem, agora deixa eu parar por aqui, pois posso até perder a votação do paredão. Vixe!

Não, isso definitivamente não...