REFORMA URGENTE NA EDUCAÇÃO

Que a educação no Brasil, de fato, tem ficado muito aquém do necessário para o progresso nacional, disso não temos dúvidas. A decadência do sistema educacional tem ocorrido ano após ano. Deterioração das estruturas físicas e um currículo ineficiente tem sido alguns dos pontos que inviabilizam uma verdadeira pátria educadora. Projetos de marketing para melhorar a imagem do ensino no Brasil não foram suficientes. Talvez por um período, sim. Mas as máscaras caem. E como caem.

Ainda sou de uma época onde a Educação, Moral e Cívica fazia parte do currículo obrigatório. Também me lembro de cantar o hino nacional no pátio do colégio, junto aos meus colegas, em fila indiana. As carteiras na sala eram dispostas uma após a outra, o que não contribuía, segundo os especialistas, para favorecer a igualdade no ambiente escolar. Isso tudo parecia retrógado demais diante da filosofia de Paulo Freire, não é mesmo? Pois é. Hoje a tal filosofia se disseminou pelo Brasil. Mais precisamente, ganhou novos ares após a conquista do voto popular, há quase trinta anos.

Se aquele sistema de ensino "obsoleto" não favorecia o senso crítico - pois se destinava à "adestrar gados" segundo os adeptos da esquerda - o ensino atual, esse do Paulo Freire, parece ser a prova viva de um desastre em larga escala.

A reforma no currículo escolar, como o governo atual defende, pode até não ser a ideal. E realmente não é. Todavia, faz jus à um clamor desesperado por mudanças na Educação. Um país que tem recebido as piores notas nos principais indicadores de educação internacionais não se pode dar ao luxo de permanecer na letargia.

Sei que a discussão não se encerra por aqui e, visto o caos em que o ensino brasileiro se encontra, não há saída fácil. Porém, a fábula a educação perfeita pregada nas últimas décadas precisa encerrar o ciclo.

Ou não?