PRESSA EM AMAR

O Futuro ao destino pertence. A vida a nós pertence. A cada dia me parece que o descontrole de tudo que acontece no presente está mais e mais atuante, são casos e fatos que fazem a existência do ser humano se tornar mais fútil, pequena, frágil, insignificante e sem valores.

A vida tem nos mostrado que não existe mais tempo pra se pensar, que o momento é muito mais de decisões do que de escolhas, por isso, o que está enraizado no nosso subconsciente tem um peso primordial no que fazemos.

O tempo é curto e aproveitar cada segundo implica em se doar ao máximo nas sensações e emoções que estamos vivenciando. Não sabemos se estaremos nessas situações amanhã, e muito menos quem estará conosco.

A demonstração de um carinho e um afeto tem uma qualidade maior do que a de tempos atrás, devido a uma carência globalizada por falta de puros sentimentos, do medo de uma solidão afetiva. Medo esse que faz as pessoas se precipitarem nas escolhas e na entrega do amor.

Acontecimentos diários implicam em deixar as pessoas com pressa de realizar seus projetos, conquistas e sonhos. Assim como chamar uma pizza, atrair, se relacionar e se separar acontece numa velocidade tão rápida que os próprios sentimentos, ilusoriamente profundos, acabam sendo trocados por outros.

Como diariamente temos preocupações demais em adquirir coisas não essenciais, deixamos de lado a beleza do valor em momentos simples, sinceras ações que realmente revelam a verdade escondida na pressa e na falta de auto-gostar. Variações de atrações falsas, velozes e que nos ilude, causadoras de buracos profundos cavados por quem não soube semear o fruto do sincero adorar, escuros e tristes que revelam a história de quem, por alguém, já sofreu.

Realmente as pessoas estão deixando de apreciar o sabor de uma comida feita em casa, de ingredientes escolhidos e cozinhados na harmonia de uma segura relação, começada e evoluída com sincera paixão. O desespero de ficar só invade as casas, joga as pessoas na rua em busca de um completar podre, de fantasmas e sombras que traem nossa fragilidade, solteiros indivíduos que não sabem o que querem e acabam se dando para quem não acham que merecem.

Sem perceber todos buscam saciar a própria felicidade em outra pessoa, jogam expectativas e sonhos numa igual vitima, se ferem e machucam corações já tristes e com passado amassado, acabam terminando de enterrar a esperança e a força de uma doação por outrem.

Se conhecer é a melhor maneira de não cair nas rápidas armadilhas que as paixões nos jogam, se olhar e ver o possível futuro é um modo real de perceber qual a longevidade de um relacionamento natural, ter paciência e controle para segurar os instintos serve como prevenção de um tombo próximo.

E, acima de tudo, ouvir o que a voz dentro do nosso coração sussurra nos momentos sozinhos, decifrá-la e ponderar prós e contras antes de se entregar, pois depois de envolvido a alma não encontra mais a saída, e aí é o amor que deixa de existir em nossa vida.

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Sidnei Oliveira
Enviado por Sidnei Oliveira em 04/08/2007
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