ninguém
no meio da conversa eufórica, espaçosa, gesticulada,
ele esbarra no copo de cristal da velha: copo caro, copo de longe.
o semblante da velha ao constatar o óbito da coisa é o de quem perdeu um filho.
o filho da velha - sabe a mãe que tem - parece ter perdido a progenitora.
a conversa espirituosa já inexiste.
E ninguém perdeu ninguém.