FIM DE FESTA

FIM DE FESTA

O que nos resta, neste fim de festa (macabra), o PT, O PSDB, o PMDB, os demais e inúmeros partidinhos, os sem número de sindicatos dos jeitosos e jeitinhos acochambrados, as Forças Armadas desalmadas, o Judiciário encastelado em privilégios, as empreiteiras de desserviços, o pai dos pobres, o santo do pau oco, os heróis de capa preta, o gestor deslumbrado. Ahh!! A carne é fraca e eu virei urubu. Onde encontrar saída, ou melhor guarida, aí estão escarradas as opções, sem opções, são anos e anos de alheamento, dispersão, alienação, cumplicidade, comodismo, que acumulados geraram um monstro, de múltiplas cabeças, cada qual mais horrenda que a outra. E agora Carlos, que será dos Josés?

Há saídas? Se as há, onde estarão guardadas, ou melhor, escondidas?

Numa constituinte, como elemento inicial de reformas, com todas as suas filigranas, riscos, interesses contrários e contraditórios, manipulações, dificuldade de escolha de participantes sem máculas.

Numa guerra civil, com todas as suas consequências e dores irreparáveis, geração de incertezas, prejuízos sem conta e inocentes crucificados, talvez inutilmente. Apenas, lembrando que nos matamos como se em guerra estivéssemos.

Numa mobilização popular sem ódios, exigindo mudanças profundas no status quo e no desempenho das instituições, tão desacreditadas e fracas, com esses que aí estão ( será possível? ).

Numa ditadura, sem linha dura, de transição ( realmente estou enlouquecendo, ou flertando com o Al ).

No surgimento de um estadista, uma liderança confiável, sem rabo preso ( repetindo, será possível? ).

Uma coisa é certa, não dá mais para ficar deitado em berço esplendido, assistindo a desfaçatez, esbórnia, caradurismo, assalto, violência, empulhação, a tudo e a todos, numa escalada sem fim, levando ladeira abaixo sonhos e esperanças de tantos brasileirinhos nesse Brasilsão.

É hora de trilhar novos rumos, focar-se no essencial, no alicerce, mais educação, mais saúde, mais segurança, verdadeiramente, e não arremedos e reformas de ocasião, perpetuando o jogo dos donos do poder, dos marginais, dos espertalhões, dos incompetentes, dos ignorantes, dos manifestantes de interesses escusos, que fizeram, e não de hoje, esta terra tão rica, ser tão pobre de igualdade em oportunidades.

É hora de união, de retidão e de pensar coletivamente, para que individualmente tenhamos novos horizontes.

Será possível? Qual o caminho?

Uma coisa é certa, qualquer deles será difícil e doloroso, variando apenas o grau, tendo em vista a escolha.

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 14/03/2017
Reeditado em 18/03/2017
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