Macacos me Mordam!

“Macacos, me mordam!”. comecei a analisar esta já ultrapassada expressão, muito usada nos anos 70 e 80. Enfim... no decorrer de meu banho, questionei-me sobre a finalidade de alguém ter pronunciado essa frase. Não sei bem qual é a sensação de ser mordido por um macaco, mas pelo pouco conhecimento que tenho a respeito de biologia até posso imaginar. Não deve ser lá uma sensação muito agradável.

No norte gaúcho, quando víamos aquela morena com aquela minissaia tão curta que... ah, deixa pra lá. Voltando ao assunto, costumávamos usar, quando víamos a morena, a expressão: “Jesus, me chicoteie!”. Meu amigo Ederson, famoso Tibi, criou, posteriormente, uma variante para a expressão: “Judas, me delate!”.

Talvez esse tipo de expressão tenha vindo de alguma cultura que utilizasse a penitência física para matar o pecado na raiz e controlar o instinto “na marra”. Os membros do Opus Dei costumavam chamar isso de auto-flagelação. Até a madre Teresa fazia isso. E convém lembrar que a freira albanesa ganhou o Prêmio Nobel da Paz por seus trabalhos junto aos pobres da Índia.

Tentei obter informações em alguns escritos de Freud, mas ele também não tocava no assunto. Talvez seja um tema proibido, como a maçonaria ou a lambada, um assunto que poucos se atrevem a comentar. Talvez eu também não devesse estar falando nisso agora. Ó, céus!, e se eles descobrirem? Estarei perdido! Sabia que isso poderia ser perigoso; e que minhas reflexões durante o banho iriam acabar levando ao meu fim. Só não pensei que fosse tão cedo. Que droga!, cara. Não deveria ter tocado em um assunto tão delicado.

É por essas e outras que, certas vezes, é melhor não questionar certos assuntos, pois alguns deles levam as pessoas a um alto nível de reflexão, o que nem sempre é conveniente para determinadas “democracias” que, por mais que se digam favoráveis à liberdade de imprensa, acabam levanto o autoritarismo a níveis assustadores.

Foi o que aconteceu em Roma, na antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, na Alemanha, em Cuba e, apesar do alto nível de evolução que se diz ter chegado a humanidade, é o que continuamos vendo aqui mesmo, na América Latina. Exemplo disso é o caso dos seis jornalistas assassinados no México e do fechamento da Rádio Caracas Televisión, na Venezuela. É por essas e outras que chego à conclusão que acaba sendo perigoso o fato de os seres humanos, ou pelo menos a maioria deles, terem um nível de reflexão superior ao de um saudoso macaco que, por mais que pareça um animal dócil, certas vezes acaba mordendo quem não devia. Hugo Chavez que se cuide!