O cartão de crédito

Aquele não era um bom dia, não mesmo. Melissa já havia acordado atrasada e a manhã tinha sido corrida, com várias aulas chatas na faculdade e com várias outras coisas para fazer, ela foi resolver algo do trabalho em um dos shoppings que estavam no caminho de sua casa para ir almoçar.

Acontece que Melissa tinha sido promovida em seu trabalho e a quantidade de coisas a fazer era enorme. Ela trabalhava para uma loja de fast food promissora em sua cidade, que já tinha alguns restaurantes abertos em shoppings, e uma de suas responsabilidades era verificar as lojas e resolver seus problemas. Mas Melissa era nova nisso e estudante ainda, o que a estava deixando bem sobrecarregada.

Nesse dia ela estava com a cabeça a mil, pensando em tudo o que tinha que fazer depois do almoço e em como estava com fome quando foi pagar o estacionamento em uma daquelas maquinas ao sair do shopping depois de resolver um problema em uma das lojas. E, então... ops...ela colocou o cartão de crédito no lugar do ticket! Demorou milésimos de segundos pra ela perceber o que tinha feito.

Puta que pariu! O meu cartão!! - ela pensou.

- Maldita máquina, devolve o meu cartão! - Ela gritou, começando a chutar a máquina e a apertar todos os botões em desespero, mas nada aconteceu.

Ela considerou o quão trabalhoso seria bloquear o cartão e ter que tirar um novo, assim, resolveu engolir o orgulho e pedir ajuda a um funcionário por mais patética que ela fosse parecer. Sim... patética! Quem deixa o cartão de crédito ser engolido por uma máquina? É tão fácil... você insere o ticket e DEPOIS paga com o cartão na maquineta. Que burra...

Cabisbaixa Melissa pedi ajuda e um funcionário meio risonho vem sava-la da humilhação de interditar uma máquina de estacionamento impedindo todos os outros de efetuar o pagamento. O senhor consegui resgatar o cartão e a ensina passo-a-passo a usar a máquina. E quem era ela para contrariá-lo? Somente bastava ouvi-lo humildemente.

...

Depois daquele longo e cansativo dia, já de noite, Melissa chega em casa, com a cabeça cheia novamente de tudo o que precisa fazer no dia seguinte e após aproximadamente dois minutos sem conseguir abrir a porta de casa ela percebe o que havia de errado, estava tentando abrir a porta com o alarme do carro que estava em mãos.

É... abrir a porta de casa usando um botão seria difícil... ainda mais sendo esse o botão do carro.

Começando a rir e balançando a cabeça Melissa pensou: - eu espero que isso seja só cansaço mesmo. Hoje eu não tenho condições de fazer mais nada. E entrou em casa, descartando a ideia de ler os três textos de trinta páginas cada passados na faculdade.

Alice R
Enviado por Alice R em 25/04/2017
Código do texto: T5980442
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