Só elas sabem.

Elas sabem que vão passar noites em claro, provavelmente não dormirão mais naquela paz de outrora.

Muitas vezes felizes pelas conquistas dos filhos. Outras, nem tanto. Outras rezando para anjos e santos que os livrem dos males.

Outras mulheres entrarão em pânico quando o marido, impaciente, resolver ralhar com austeridade além da conta.

E chorarão junto com o filho, pequeno ainda, inexperiente, mas inocente e muito doce.

Irão levar e buscar os seus filhos na escola.

E caso não houver escola, sentirão ainda mais a dureza da vida, com medo do futuro, mas com esperança na bondade de Deus.

Outras centenas, milhares de mulheres temem as guerras, o extremo da indecência humana... o que será das crianças, dos jovens ainda imberbes ou mesmo adultos.

E sofrerão desesperadamente ao perceber o inimigo batendo às portas, mostrarão firmeza na defesa dos rebentos mesmo com os seus braços finos, voz rouca mas de olhar decidido – o meu filho vai ficar aqui !

Outros filhos irão embora. Alguns não darão mais notícias. Alguma carta, quem sabe.

Outros mergulharão na indiferença, no abandono, no desprezo.

Milhares vão sempre sorrir e amá-las, com sorriso puro e macio, a aconchegar-lhe os sentimentos em situações inesperadas da existência. Milhares vão acompanhá-las nos momentos também cruéis ou nos melhores, com risos, piadas, abraços e boa mesa.

Alguns sucumbirão nas doenças, nos vícios.

Jamais percebi lágrimas mais doídas que as de mãe.

Jamais percebi tamanha grandeza, dedicação, luta contínua pela defesa da vida e da dignidade. Só elas se esmeram na totalidade.

São doutoras da existência. Que sorriem, choram, se frustram, abraçam, se comovem, não nos quer ver chorando ou sofrendo. Que passaram pelas terríveis e intermináveis dores do parto por acreditar que a luz de Deus é maior que qualquer sacrifício. Por saber que Maria, mãe de Jesus, sofreu mais que todas as mulheres... simplesmente por acreditar na Glória de Deus.

A todas as mães desse planeta, obrigada.

À minha mãe, não existe nada que possa se igualar à sua grandeza.

Obrigada, mãe.

Vera Moratta
Enviado por Vera Moratta em 14/05/2017
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