A mão que afaga é a mesma que apedreja

Final de noite desta segunda-feira, tudo como antes no quartel de Abrantes. O mesmo papo sobre a crise, o lamaçal, alguns se espojandono lamaçal do volume morto da indignidade, querendo se manter nos cargos e vários porcos lutando para manter a porção de lavagem. E os regentes da orquestra do lamaçal urdindo uma maneira de continuar mandando no chiqueiro, tentando trocar um pai de chiqueiro por outro. Ea fedentina alcançando todo o espaço, do Oiapoque ao Chuí. Fico pensando que a maioria do povo perdeu o olfato, estão imunes ao dedor de carniça que exala de rasília e impregna todo o país.

Mas além da fedentina, o que me chama a atenção é algo que acho absolutamente repugnante: a falta de solidariedade aos companheiros. É como se Aécio, Cunha, Temer e Cia fossem os únicos culpados. É como se essa cambada de políticos corruptos que se espojaram na çlama da Odebrecht e da JBS não tivessem nada com o pato, digo com o chiqueiro. Alguns fingem até distância dos companheiros de ontem. Não conhecem mais Aécio, viram o rosto, cospem no prato que comeram, nesses dias vão pichar o Drácula, digo, o Temer. São uns putos covardes. Vou até ser mais duro: não vejo autoridade nessa tal OAB de pedir impeachment de Temer, se foi ela que ao arrrepio da lei, sem prova cabal, sem gravação, sem saco de dinheiro, sem prova nenhuma apoiou o golpe contra Dilma. A OAB calada é uma academia de poesia.

Sou contra Aécio, Temer, Cunha e os golpistas, mas acho que os amigos deles que estão tirando, agora, o carro são uns trairas. Nao são melhores que eles, são iguais.

Por fim, como já estou até o gogó com essa sujeirada toda,´pessimista com a situação do Brasil, parece que marchamos para o golpe do golpe, trocar seis por meia dúzia.aproveito para transcrever um poema de Augusto dos Anjpos que cai como uma luva para refletir sobre os trairas e a traição:

Versos Íntimos

Augusto dos Anjos

Vês! Ninguém assistiu ao formidável

Enterro de tua última quimera

Somente a aingratidão - esta pantera -

Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te a lama que te espera!

O homem que nesta terra miserável

Mora entre feras, sente inevitável

Necessidade de também ser fera.

Toma aum fósforo. Acende o teu cigarro!

O beijo, amigo, é a antevéspera do escarro

A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se algupem causa ainda pena a tua chaga,

Apedreja essa mão vil que te afaga

Escarra na boca que te beija!

PS: Era um poeta porreta. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 22/05/2017
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