Com A Maiúsculo

Tão camarada e tão cordial. Agora ela é uma senhora gorda e carinhosa, que todo mundo conhece ou conhecerá. Ela anda por aí sussurrando no ouvido das pessoas. E sussurra o melhor jeito de fazer cafuné; tomar cerveja ou café; gargalhar e abraçar. E simbora, que em dias de sol ela é um tanto destrambelhada e divertida,, se lambuza. Nos nublados torna-se compreensiva, companheira. Muito afeto e afeição.

Às vezes se torna moça, endoida, fica bêbada e dança, dança, dança... perde de dinheiro até a noção, mas sabe sempre o caminho para te levar de volta para casa, e cuida da sua ressaca. Vive te dando conselhos, te manda arrumar um namorado, mesmo ela namorando quem não presta. Outros dias ela fala que você precisa emagrecer, e ela é uma balofa, hipopótama. Ah, essa ternura, essa fofura.

Outras vezes ela volta a ser criança, rala os joelhos, faz pirraça, fica de mal e sente saudades depois. Tem também seus momentos de garoto adolescente, aprendendo sobre garotas, sexo e coisas do coração. Às vezes torna-se homem sério, sisudo, responsável e paga contas. Se mulher, ela pode ser branca, preta ou colorida; rica ou pobre, gorda ou magra; sã ou louca; muito nova ou muito velha. Mas uma coisa é certa: se verdadeira, a Amizade nunca morrerá! E não importa o que seja, será sempre linda poesia.

Rodrigo Amoreira
Enviado por Rodrigo Amoreira em 17/06/2017
Reeditado em 17/06/2017
Código do texto: T6029546
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