O clima ameno ou obsoleto meio termo das estações

Tenho observado a facilidade, diria quase instinto, que todos temos em tomar partidos extremos. O meio termo, tão bem estudado pela academia, deixou de ser uma opção, seria a alternativa F das grandes provas que regem a vida dos jovens brasileiros. Prova maior disso é o famigerado tempo (vulgo, clima), famigerado denotativa e conotativamente, pobre coitado, visto que todos o comentam, grande parcela para o desaprovar, como se ele existisse para agradar os gostos mais refinados da raça humana, e a outra parcela para o aprovar e dizer quase num ato de rebeldia para quem pensa o contrário que ele, o tempo, é bem quisto sim. Se esfria ou esquenta, ainda estamos tentando prever isso, com margem considerável de sucesso, mas tem toda aquela questão dos fins dos tempos e esse sensacionalismo me parece mudar tudo. Porém no que diz respeito a passionalidade dos posicionamentos humanos, estamos seduzidos pelas beiradas, se tá muito frio obviamente há quem reclame e o contrário é igualmente verdade. Discursos inflamados parecem preencher espaços demais até o espaço, que a todos é inerente, de quem não fala nada e fica calado. No final esse embate assume, eu diria, proporções maniqueístas, lamentável... não por ser diferente, mas por parecer sensato, bom mesmo é a temperatura amena que por ser tão agradável passa batida, aquela faixa faixa agradabilíssima dos 20 e poucos graus que contenta gregos e troianos, porém não proporcionalmente exaltada. Então deixarei aqui o meu viva para o clima ameno ou o obsoleto meio termo das estações.