Como saber que morri?

Quem está morrendo agora não tem nada a perder.

Deixará este mundo horrível, cada dia mais difícil pra se viver.

Estou sendo muito pessimista com essa amarga reflexão?

Talvez! Mas é a realidade.

Mas como saber que morri?

Não tem como saber. Sei que estou vivo.

Mas se eu morrer, como saberei que morri?

Gosta de sentir emoções fortes? Então vamos lá! Sem medo de ser feliz. Sabe aquele momento feliz que você nunca mais esquece? Então!

Certos momentos são inesquecíveis. Há mais de 30 anos eu estava com um amigo num shopping (praça de alimentação) em São Paulo saboreando uma deliciosa feijoada após uns drinks. Tinha um emprego excelente, uma mulher maravilhosa, e ali, naquele momento, diante daquela apetitosa feijoada, pensei com meus botões, dizendo pra mim mesmo: "Nunca mais vou esquecer esse momento." Assim foi feito o registro na minha mente, agora passados 30 anos. Não sei porque exatamente esse momento me marcou tanto. Esse amigo já faleceu. Muitas coisas mudaram em minha vida. Algumas pra melhor, outras pra pior.

Mas afinal, eu não estou preocupado com a morte, mas com a vida. Para que ela não seja banal e fútil. E você, quando se for, o que vai deixar? Tudo que vou deixar é um casal de filhos, e entre algumas futilidades, 4 livros que escrevi. Morri! Bye Bye!

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ISBN 978-85-913565-2-2

Edir Araujo

Poeta e escritor independente. Autor dos livros: A passagem dos cometas, Risos e lágrimas, A Boneca de pano, Fulana (inédito) e muitos poemas, microcontos, crônicas, artigos, etc. publicados na web "ad aethernum".

Edir Araujo
Enviado por Edir Araujo em 30/09/2017
Reeditado em 31/03/2020
Código do texto: T6129312
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