Caminhos da luz

Haverá luz que dê conta de explicar a conta da luz, excetuando-se os fatores: exploração e incompetência? Essa é a pergunta que, como leigo, eu me faço quanto a esse ramo de encanação que possui a rede de ralos do sistema brasileiro de extorsões legais. Como sou um desconhecedor condescendente, admito que a capacidade geradora de energia hidrelétrica sofra reais carências de sua matéria prima, a água de chuva, que sabemos cíclica. 1ª conclusão: faltou investimento; que as usinas termelétricas, movidas a subprodutos do petróleo, geram energia cara: 2ª conclusão: nossos combustíveis são sobretaxados; que a privatização da distribuição precisa retirar seus lucros: 3ª conclusão: temos que pagar pela incompetência do estado em gerir os próprios serviços e de sequer fiscalizar os privatizados. O grande exemplo usado é o dos países em que esses serviços são geridos por empresas particulares, mas curiosamente os que usam esse argumento não dizem que o custo do KW lá (Estados Unidos) é bem mais barato; que a demanda é no mínimo três vezes maior (clima temperado precisa muito de aquecedores nos ambientes além de eletrodomésticos para tudo que se imaginar – com o dobro da população tupiniquim) e que a geração por barragens é menor, pelo menos proporcionalmente; que a renda per capta dos usuários é muito maior que a nossa, (e isso representa menor comprometimento da renda no gasto com energia). Enfim, mesmo que estejamos numa recessão que desativa grande parte dos maiores consumidores, as indústrias; que tenhamos trocado as lâmpadas por leds (que gastam bem menos) e que há um consenso que pode não ser total, mas é expressivo, de que as famílias devem economizar energia para evitar apagões, ainda assim somos sobressaltados com bandeiras de aumento nas contas de energia. O que ouvi falar (não sei se procede) é que politico poderoso que se preze tem participação acionária em usina termelétrica, sem dar bandeira, é claro.