Mensagens que edificam - 325

Às vezes me pego indagando a mim mesmo se sou compreendido naquilo que escrevo e falo, e não que eu me sinta culpado por algo, mas preocupado pelo quanto tantas pessoas lêem coisas sem saber ponderá-las, e assim simplesmente dizem amém. A confiabilidade daquilo que se lê está indubitavelmente pautada nos argumentos de quem escreveu. Há perguntas que precisam ser feitas e há respostas que precisam ser dadas.

Qual a fonte de inspiração? Quais as provas? Que dados históricos ou arqueológicos existem sobre determinado assunto? Há comprovações científicas? Ou tudo não passa de devaneio literário completamente descomprometido com a veracidade da dissertação ou da narrativa?

Desde bem tenro encontro na escrita um deleite indescritível, e faço dos meus momentos mais críticos instantes de registrar aquilo que povoa os meus pensamentos, seja bom ou seja mau, é possível criar alguma coisa que exprima reações humanas diante dos dilemas da vida. Percebo nisso que todos nós somos suscetíveis ao ler ou escrever, assimilarmos ou disseminarmos coisas que a natureza da origem pode ou não estar impregnada de verdades ou mentiras. Ao gastar o meu tempo com a literatura eu posso estar sendo verdadeiro ou falso comigo mesmo, ao credibilizar ou futilizar o conteúdo de cada texto.

Partindo do princípio do acreditar, renego a importância do pensar e me subjetivo nos adjetivos que enaltecem o que muitas vezes ninguém consegue explicar.

O que é santo, sacro ou irrepreensível?

O que é divino, intocável ou incorrigível?

Onde metáforas e eufemismos proliferam as múltiplas chances de mimeses irresponsáveis se evidenciam, e para quem gosta de ficção será mais uma adição de valores para somatizar um estado de imersão no "maravilhoso mundo do faz de conta".

Se esta viagem realiza o leitor, nada melhor do que se deleitar e sem nada questionar adotar o filho da conveniência.

Lael Santos
Enviado por Lael Santos em 12/11/2017
Código do texto: T6169527
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