Zona de conforto

Sim... É isso mesmo que a gente pensa quando escuta. Expressãozinha chata! Soltada somente quando o assunto é a exigência do desconforto para se conseguir alguma coisa. Como se não houvesse prazer em ser produtivo criativo ou dinâmico. Fosse necessário o sofrimento nessa tal “zona”, onde o mitológico herói enfrenta guardiões dos umbrais das profundezas da gosmenta e tenebrosa escuridão para, após transpor todos os obstáculos receber... O quê mesmo? Combalido pelas agruras da odisseia o sujeito deve até já ter se esquecido! E haja ratinho preguiçoso e burro para ser avatar dos leitores do queijo mexido pelos espertos, conforme o famoso livreto*.  Evidente que o grito na boiada, o puxão de orelha, o tapa na pantera... Opa! Isso é outra coisa.... Como ía dizendo, o alerta, a orientação necessária é sempre oportuna quando há necessidade de verdade. E aí é que surgem, nos meios empresariais, principalmente, essas expressões desgastadas e irritantes repetidas sempre que você dá uma cochilada no batente. Quando eu descobria o lugar comum e, por conseguinte, o efeito inverso que essas frases provocam, abolia prematuramente de alguma possível conversa com subordinado ou chefe e inconscientemente devo ter me prometido só usar quando falasse mal dessa desconfortável zona, digo, expressão.
 
*Quem mexeu no meu queijo?
 Autor: Spencer Johnson