Amar à Distância
 
O amor surge em terrenos improváveis, como uma planta delicada que floresce nas pedras. O desamor, na contramão, é cultivado vagarosamente, em solos óbvios, no descuidado diário. (Diego Engenho Novo)

Encontramos com o distanciamento em coisas pequenas que deixamos por dizer ou fazer. Os desencontros, as mensagens sem resposta, as grosserias pequenas ao longo do dia, uma chamada não atendida, a flor deixada de lado, o carinho recusado, ou melhor, não oferecido. O amor andas junto com a admiração pelo outro e para o outro. E o amor a distância física? Bom vejo o amor através de delicadezas, aquelas pequenas que aproximam-nos.

Termos a pessoa sempre ao lado, nos leva a aceitarmos que isso torne-se monótono em algum momento... Logo no início da relação à proximidade excessiva na atualidade nos leva a “enjoarmos” rapidamente.... Deixar de dar aqueles pequenos gestos que aproximam, que chamam o outro ao nosso lado. Querer estar junto todo o tempo jamais será errado, não compreenda errado. Aqui estou mencionando de logo no início isso traz a monotonia... Traz simplesmente a falta de necessidade de agradar e de desvendar o outro. Que quem não é intenso, acaba por perder seu bem mais precioso.

Há uma grande diferença em às vezes namorar com distância física e estar a distância emocional... Simplesmente, quando esse padrão de querer se ver todos os dias, chega em um ponto que não há aquela vontade, já acostumamos em nós vermos. E vem o distanciamento e simplesmente o desgosto pelo relacionamento, ao mesmo podemos caracterizar a falta de interesse por tal relação. Brigas mais frequentes, delicadezas desnecessárias, saidinhas deixadas de lado, não se fazem tão importante, e por aí vai...

Um pouco de distância por vezes se faz necessária... Vamos analisar o que acontece em relacionamentos que são distâncias físicas... Primeiro que sempre queremos estar juntos... Sempre sentimos saudades e sempre usamos de delicadezas para manter o outro juntinho. As delicadezas se fazem necessária e elas serão a base para o bom andamento da relação... Perece antiquado? “Hoje ninguém mais namora a distância”... Será mesmo?

Existem e ao montes, muito mais do que imaginas... Conheço um casal de poetas, que simplesmente amam e vivem vendo coraçõezinhos e eles usam de delicadezas inacabáveis pois cada um em um estado... Loucura? Não. Simplesmente amor! Querer estar junto não obriga a namorar a menina da esquina da sua casa, ou mesmo o colega de trabalho. Amor nasce e floresce. Basta permitir. Existem inúmeras situações similares...

Por estar longe, não impede do amor chegar e florir. Por estar longe não quer dizer nada. E o melhor logo no início que precisamos sentir a falta um do outro, que mais merecemos delicadezas, é dentro dessa distância que tudo ocorrerá. Parece louco, como namorar alguém tão longe? Vou sentir ciúmes? Como poder namorar assim? Sem ter pertinho? Ah! Acredite que sei o que estou citando, o amor é ainda mais belo. Você não precisará ser poeta ou poetisa para ver versos e flores por onde andares...

Cada palavra, cada DELICADEZA, passa a ser a melhor parte do seu dia. É um carinho tão simples e tão verdadeiro que deixam corações por onde passas... A distância te faz mais forte e te mostra que todos os dias o outro precisa ser conquistado outro vez... Mais e mais... Que há uma necessidade de ser gentil e espalhar carinho. Essa vontade de ter juntinho sempre eleva o seu coração a lutar ainda mais por isso a cada novo amanhecer.

Aí você entende que a verdadeira distância, aquela que machuca é a emocional... Aquela em que simplesmente não quer mais o outro por perto. É a falta de delicadeza... Falta de empatia, de romantismo, de companheirismo, de querer ter pra sempre e cuidar pra sempre. Não estou dizendo que um namoro à distância seja para todos, e menos ainda generalizando ok?!... Mas eu vejo o florir sempre. Amo os detalhes e as delicadezas.
 
Elisa Strubb
Enviado por Elisa Strubb em 25/11/2017
Código do texto: T6181442
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