Sobre as relações humanas

A maior prova de insegurança é privar-se da liberdade por conta própria, por medo, ou da rejeição, da perda ou da solidão.

É esperar que a ausência de liberdade, e o condicionamento aos cabrestos dos laços, traga algum tipo de conforto emocional, que garanta a sensação de pertencimento.

Estar no mundo vai além da efetivação da pressa em sentir-se alguém através dos olhos dos outros.

Ausentar-se da própria liberdade é condicionar a existência, à zona de conforto.

Há de pertencer a si, única e exclusivamente. Habitar-se.

E também ao universo, sem as arbitrariedades que constituem a posse de outrem e nem a marcação de territórios tal como propriedade.

Só cresce quem balança os pilares íntimos. E quem aceita os terremotos e a consequências de mudar o terreno.

Só cria reais conexões​ quando não se busca massagear carência. E nem terceirizar as responsabilidades que surgem somente à luz do auto conhecimento.

Um estado de espírito sólido é a efetivação de que nenhuma verdade é absoluta, mas também é atentar-se a possibilidade de que a complacência por vezes ignora o proposito real de revirar-se :

Conhecer a si, tal como diz o Oráculo de Delfos, e assim estabelecer seus próprios limites. Sem imposições externas.

Quem se constitui sobre as amarras da carência de emoção, não aprende a lidar com a mesma, torna-se dependente dela.

Se perpetua em relações frágeis, inconsistentes cujo objetivo é a troca de interesses afetivos por uma falsa necessidade do ego, ignorando a soma das infinitas possibilidades de compartilhar experiências reais e sólidas.

O ser humano não aprendeu a tomar as rédeas da própria vida e pior o único piloto conhecido, ainda é o ego.

Charlene Angelim
Enviado por Charlene Angelim em 28/11/2017
Código do texto: T6184593
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.