Ah! essas crianças!!!

Hoje relembrando a infância dos meus filhos, me envolvo em pensamentos longínquos e cheios de saudades... travessuras de crianças é o que eu mais tenho nestas lembranças... Tenho cinco filhos hoje todos casados e com suas famílias, mas eles já foram crianças travessas e se juntavam aos meus sobrinhos e sobrinhas queridas, aí então era uma festa!

Morava em um condomínio onde minha filha do meio era uma santa perante as outras crianças, ela tinha olhos grandes e expressivos e uma carinha de anjo triste que comovia a todos... parecia aquele cachorrinho que caiu da mudança e alguém o recolheu. Ela aprontava sempre camuflada com sua carinha de anjo e de coitada e fazia coisas que até Deus duvidava que foi ela...

Ela tinha uns cinco anos mais ou menos e eram em três amiguinhas inseparáveis moradoras do condomínio , elas tanto brigavam como em segundos se abraçavam dizendo o quanto se amavam...

E foi em uma tarde destas de férias escolares onde todas se reuniram na minha casa para brincar... Entre elas tinha uma linda de olhos azuis, mas chorona e mimada que as vezes me dava um pouco de trabalho pelas outras que debochavam do choro e da chatice dela.

Pois bem, meu filho caçula ganhou um par de algemas, daqueles que as crianças brincavam de polícia e ladrão, então esta minha filha santinha teve a infeliz ideia de algemar a chorona e jogar a chave pela grade da janela do apartamento. Até seria cômico se não fosse trágico, pois eu morava no nono andar e esta bendita e minúscula chave caiu em um jardim lá embaixo que mais parecia uma floresta.

Não preciso dizer o escândalo que a menina chorona fez, fazendo com que metade do prédio fosse ver o acontecido... passamos mais de meia hora eu e alguns vizinhos procurando a tal chave minúscula enquanto minha vizinha e amiga consolava a filha algemada... Hoje elas são adultas casadas e com filhas, e devem dar boas rizadas quando lembram desta mini tragédia, enquanto eu e esta vizinha mãe dela, somos amigas que se gostam muito até hoje, mesmo morando em cidades diferentes a gente se comunica de vez em quando e nossos corações estão sempre conectados e querendo muito se encontrar para matar a saudade...

Walquiria
Enviado por Walquiria em 28/11/2017
Reeditado em 14/02/2018
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