ESPÉCIE EM EXTINÇÃO (Phellipe Marques)

Sou mesmo uma espécie em extinção? Um ser fora dos padrões?

Que valoriza a pureza do olhar e isso me torna antiquado?

Sou daqueles que vive cada nota e vibração de um grande amor.

Somos poucos, de fato.

A maioria acredita no efêmero e perde as cores e sinais que estão no ar.

O que seria do mundo sem a alma do artista?

O que seria da humanidade sem a arte que eleva-nos à condição de humanos?

Arte literária, arte cênica, arte plástica, telas de acrilico, arte de viver e amar.

Estou suspenso na melodia que verbera a sua vida.

Não há chão mais seguro e belo que aquele que se mede no infinito.

Nem céu mais claro e profundo que aquele que se revela no ato da composição.

Tudo é vida! Tudo é amor! Registro para a posteridade! Reconhecimento ao seu valor!

Talvez em meio ao temporal você me reconheça e perceba que amar transcende distâncias e situações adversas.

Amar é um pulo no abismo, sem garantias de volta à terra firme.

É um ato de reconhecimento de si mesmo, um mergulho ao melhor de si, livre de máscaras impostas pela sociedade.

Amar é força que supera a extinção.

Não, não sou espécie em extinção!

Supero.

Escrevo.

Recrio.

Reinvento.

E sonho.

Raça que sonha, conquista.

Raça que sonha, revela.

Raça que sonha, inspira.

E sobretudo, ama.

Amo você.

Phellipe Marques
Enviado por Phellipe Marques em 02/03/2018
Reeditado em 02/03/2018
Código do texto: T6268701
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.