Quando eu era criança nunca foi assim, gostava de ouvir...

Visitar os amigos nos faz reviver o passado, não para ficar aprisionado nele, mas sim para saber de onde viemos e para onde vamos. Em algumas casas das quais tenho passado, todas tem adolescentes, somos velhos e gostamos de contar causos, isso já dizia o velho ditado popular, “Que velho só conta oque foi” talvez as pessoas mais novas não saibam valorizar o bem mais precioso que tenham, ou seja ouvir quem pode compartilhar experiências.

Claro que é bom tomar cafezinho na casa de nossos colegas, mas aonde entram os adolescentes na história, em lugar nenhum, eles não interagem com a gente, sempre deitados ou nos cantos da casa, pensamos que eles foram passear ao chegar e não perceber a presença, mas estão ali intactos, parecem um policial em campana, os amigos inseparáveis deles, não são os pais, não são os vizinhos é o celular. Cada celular um mais tope que o outro, todos lindos, capinhas de proteção conta impacto, coisa de outro mundo, coisa de outro mundo é oque eles fazem com a tecnologia que muitos não sabem usar adequadamente, infelizmente os pais um pouco mais simples ficam elogiados quando conseguem presentear seus filhos com um desses, mas seus representantes não tem noção do que eles podem estar aprontando e até mesmo conversando. Com o watssap e facebook ficou muito mais fácil de conversar com quem não conhecemos, aproxima quem está longe e distancia quem está próximo.

Hum, que cafezinho! Mas pai que é pai de verdade, orienta e cobra, estamos falando de adolescentes de quinze, dezesseis e dezessete, mas mesmo assim essa educação foge do nosso controle,” aqui não pica-pau” dizemos a eles o que está certo ou errado, mas ter consciência só dependerá da conduta do praticante, e se você conseguisse ter acesso à todas às conversas de seus filhos, qual seria sua reação, talvez alegria, tristeza ou raiva, saber com quem eles estavam conversando à noite passada, se for seu filho homem conversando sobre namoro com à menina da esquina, aí sim ficaria contente, nossa meu filho vai namorar, mas ao contrário à menina agora sua filha, da esquina é o filho do vizinho, talvez a sua reação fosse pior, mas todos “gente boa”, ao final acabamos sempre soltando a corda ou prendendo ainda mais, isso só de pende de nós e como queremos que nossos filhos sejam no futuro.

Por fim, devemos ficar todos atentos com aqueles adolescentes que parecem que andam no mundo da lua, às vezes deixamos muito a desejar com eles, não teremos tempo de motiva-los e eles não gostam mesmo de nos ouvir, mas ouvir era oque eu mais gostava, daquelas histórias de arrepiar que eram contadas nas rodas de vizinhos ao findar as tardes de verão.