Banalizaram o Amor

BANALIZARAM O AMOR

Alô ô! Se liga, sem essa de namorar...

É! Pra quê namorar? Pra quê sentir um suor frio nas mãos e as pernas tremerem quando estamos perto de “alguém”?

Pra quê perder tempo olhando nos olhos, pegando na mão?

Que graça tem a expectativa do beijo, de passar horas conversando ao telefone e ter vontade de estar juntinho do outro? Pra quê esperar conhecer melhor o parceiro pra poder ter um contato mais “íntimo”? Qual é? Basta mirar, “chegar junto” e deixar rolar o sexo!

É..., Não faz mais sentido a fase do conhecimento, do olho no olho, do primeiro e inesquecível beijo.

O amor é...

Banalizaram o Amor!

O mais empolgante e gostoso sentimento que um casal pode vir a conhecer e sentir um pelo outro.

Acabaram com a “sede” de “ficar” verdadeiramente com alguém por quem se sente atração, afinidades, carinho, respeito, paixão e... Amor, mesmo que seja eterno enquanto dure, mesmo que não seja imediatamente correspondido.

O que fazer com as flores, com as frases feitas dos cartões do dia dos namorados, com as músicas que ficam eternizadas em nossas memórias, com um “tal” cheiro de perfume, com aquele lugar especial?

Pra quê esperar pelo final de semana, e poder conversar com aquela pessoa tão especial e... namorar? O negócio é ficar!

Eu, particularmente, fico imaginando o que será da família dos filhos das minhas filhas?

Como poderá existir uma família? Quem será o pai de quem?

Como saber se não vão “ficar” com os próprios irmãos paternos?

É muito fácil dizer:

- Previna-se de doenças e de gravidez indesejada!

Mas como prevenir da sensação futura de dizer:

- “Faltou” isso ou aquilo na minha vida!

- Se eu pudesse começar novamente eu faria diferente!

O futuro é o presente e o presente não seria chamado desta forma se não fosse para ser bem aproveitado.

Se estar atualizada significa ter que compactuar com esta “história” que vem sendo escrita por esta geração, eu prefiro ser uma amante à moda antiga, ser careta. Porém, não ter necessariamente um papo careta, embora muitos possam achar que esta crônica é a maior caretice.

Que achem!

Contudo, eu peço, que se for possível, guardem este texto, e, daqui a uns 15 anos, leiam novamente.

Pensem Nisso!

Por: Ana Cláudia Falcão