Por que inventar nomes ?

Cada um que coloque o nome que quiser no filho, tudo bem, há gosto para tudo . Nomes bem curtinhos como : Lino, Lia, Cléo, etc. Que não cansam o maxilar, sai como um sopro. Há os que preferem muitas sílabas, que são os eloquentes : Leopoldo (Léo), Astrogildo, Carolina ( acaba virando Carol), Guilhermina, Filomena, etc.

Sempre achei esquisito um neném chamado Rodolfo, parece nome de bibliotecário, ou Gaspar , dá a impressão que será o contador da família aos 10 anos de idade.

Tudo isso é muito bonito, mas o que me incomoda mesmo é a quantidade de letras dobradas, como o "n" ,"l", "t","b" ; Annita, Anna, Tatianna, Pabblo, Gusttavo, Carollina, Brunno, etc. Se é nome da pessoa, de registro, tudo bem, nota 10 e parabéns, opção dos pais e pronto acabou, mas ficar inventando só porque acha bonitinho...podem parar, é modismo bobo.

Outra coisa são aqueles nomes que tem "Ph", acho que os pais tem mania de alcalinidade, não é possível ; Philippe ( e com dois "p" ), Sophia, Raphael, etc. Acho que eles foram comprar as fraldas e as chupetas na "Pharmácia".

Tem também os carinhas com sobrenomes muito simples , como Silva, Pereira,Pinto, Santos...tudo bem, então o que os pais fazem para que os filhos não tenham problemas de homônimos ? Complicar o primeiro nome, claro ! Então aparecem aquelas maravilhas : Antônio Lindolfo Pinto, Hermínia Clotilde Silva, Glória Leda Santos, Severino Rodolfo Pereira, Abigail Gerttrudes Silva, etc. Parecem aquelas misturas de dois bichos, uma brincadeira que fazíamos na infância : Ornitorrinco com Hipopótamo = Hipotorrinco, Cachorro com Macaco = Cachorraco, Gato com Perú = Garú, Elefante com Camelo= Elemelo.

No meu tempo, herdávamos os nomes dos avôs e das avós, uma forma de homenagear, às vezes à contra gosto, mas que fazer ? Eram outros tempos...Minhas primas mantiveram o costume, eu não quis e meus pais entenderam desde o começo, eram pessoas de mente aberta.

Me lembro que quando nasceu a nossa segunda filha, haviam vários nomes em pauta, e saí para registrá-la sem uma escolha totalmente definida, e quando retornei à maternidade a minha esposa me perguntou como se chamava a criança , então lhe disse : Verônica. Ela gostou e a minha filha também gostou do nome que recebeu, e isso é o que importa.

Acho que as pessoas poderiam escolher o próprio nome, não ao nascer é claro , senão haveria uma classe só de "Gugu", Dadá", Teté", " Brrruuuu", Bababá, e nomes assim...mas depois , aos 21 anos.

Aragón Guerrero
Enviado por Aragón Guerrero em 06/04/2018
Reeditado em 06/04/2018
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