O café da manhã.

O nosso desjejum , o café da manhã, a refeição que deveria ser a mais rica, nem sempre é ! O "desayuno" (espanhol), o " Breakfast " (inglês), " Le Petit Dejeúneur " (francês), "La prima colazione " (Itália), estão mais próximos de ser uma "pequena refeição", ou simplesmente " a primeira refeição".

Questão de cultura, talvez ?! A "maldita " pressa sem qualquer sentido aparente, o clima frio que pede mais calorias, na verdade não sei. .. Os americanos adoram coisas calóricas e não dispensam um "bacon", logo pela manhã, e que não lhes faltem sucrilhos com leite e sucos com torradas, mesa farta e jornal. Não é difícil ver crianças rechonchudas se fartando de cremes nos danuts, e comidas gosmentas nas lanchonetes.

Nem tanto ao mar e nem tanto à terra, o equilíbrio deve prevalecer sobre a educação, não vamos querer que os pequenos comam folhas de alface com cenouras ao acordar, afinal não são coelhos.

Os europeus se servem de uma refeição nutritiva e leve, como: brioches , torradas com geleia, pães , biscoitos, manteiga e café , às vezes suco . Entre café, chocolate, chá ou cappuccino, o pretinho ainda é o campeão, o estímulo para o raciocínio , é ele que desperta.

O que preocupa é o café magro que a maioria faz antes de sair de casa, às vezes de pé, conversando , quando muito com um pãozinho mal untado com margarina, uns poucos param na padaria e pedem o tal do pingado " café com leite" e o pãozinho com manteiga enquanto ouvem as primeiras notícias da TV do estabelecimento.

Eu não gosto de café com leite, mas tomei café (preto) na padaria muitas vezes em outros tempos, a vida era muito corrida, e me achava alimentado, mas a verdade é que a alimentação era ruim. No meu tempo muitos tomavam Caracu batido com ovo, nunca gostei, diziam que segurava muito bem, mas na verdade era um soco no fígado.

Às vezes o problema está no bolso, tudo contadinho, bilhetes do metrô, a mistura pra janta, a feira do domingo, para alguns o cigarrinho ( e temos que entender), a vida é dura , o povão vive com pouco, tem que se "virar nos trinta".

Quantas pessoas não param em barraquinhas improvisadas na calçada, com garrafas térmicas e fatias de bolos , e lá se arranjam enquanto o ônibus não passa ? Bem mais em conta que a padaria, pois é a cidade se virando como pode, cada um se defendendo em cada esquina.

Aragón Guerrero
Enviado por Aragón Guerrero em 01/05/2018
Reeditado em 01/05/2018
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