Falta Comandante no Brasil

Motivados pela sucessão de aumentos no preço dos combustíveis, no caso o diesel, determinados pela política de preços da Petrobrás que condiciona a oscilação de valores ao preço do barril de petróleo no mercado internacional e na variação do dólar, os caminhoneiros decidiram paralisar as atividades nas estradas obrigando o Governo Federal a negociar possibilidades para o término da greve, os demais combustíveis entram nesta dinâmica de preços igualmente.

Em caráter extraordinário, a Câmara dos Deputados concedeu projeto que elimina a cobrança de imposto do PIS-COFINS sobre o diesel apenas até o final de 2018, além da Petrobrás ter anunciado uma redução de 10% por trinta dias no preço do diesel vendido pelas refinarias entre outros pontos. Claro que são medidas paliativas a fim de diminuir os efeitos maléficos da paralisação, porém tais medidas poderão afetar a arrecadação desequilibrando as receitas governamentais. As autoridades devem urgentemente discutir uma ampla reforma tributária capaz de solucionar o déficit público, aliada a redução dos gastos sem onerar de forma abrupta os contribuintes que já pagam uma carga tributária altíssima.

Hoje a paralisação afeta diversos segmentos econômicos, o transtorno não se limita apenas na falta de combustível agravada no aumento excessivo nos preços nos postos, mas inclusive com o desabastecimento de alimentos nos supermercados e uma infinidade de outros males provenientes da greve prejudicando avassaladoramente a resolução do problema.

Esperamos deste processo espinhoso soluções satisfatórias à economia alertando os poderes decisórios a conscientização real da paralisação, demonstrando que do jeito que está desestabiliza toda a cadeia produtiva, também deve haver sabedoria aos caminhoneiros a solução deste impasse sem chantagens e reivindicações absurdas. Faz-nos pensar o quanto o caos pode inviabilizar uma Nação, exatamente no momento que aproximamos de novas eleições com candidatos das mais diversas orientações ideológicas em um país que sofre desigualdades aos píncaros continuando sua cambaleante trajetória.

O diálogo deve ser incentivado ocasionando um ponto comum entre as partes. Mesmo porque para quem interessa o país ser tomado por um clima de terror? Provavelmente haverá interessados na calamidade para faturar eleitoralmente, no entanto, o entendimento é a maior arma possível na eliminação dos infortúnios vaticinados pelos profetas do apocalipse.

Apesar do momento fulcral reconhecida na fragilidade do Governo em administrar qualquer assunto desta envergadura, o movimento de paralisação aguarda medidas mais firmes das autoridades no intuito de encerrar esta greve. A Nação está desamparada diante das reinvidicações dos caminhoneiros, impressionante a covardia governamental nos momentos cruciais do país.

Este gigante que passou por ditaduras civil e militar, governos irresponsáveis, inflação galopante, desgraças de toda monta, com certeza passará por mais uma crise, porém com prudência, vamos evitar uma degradação irreversível encontrando um meio termo possível encerrando de uma vez por todas este desgaste desnecessário. Definitivamente falta um comandante no Brasil!

Luis Profeta
Enviado por Luis Profeta em 25/05/2018
Reeditado em 14/10/2020
Código do texto: T6346392
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