No Fim

A andorinha preta ascendia com entusiasmo em campo verde das matas amazônicas e por vezes se ouvia seus sons, pronto agora era dia pouco se ouvia, mas ela se freava em cantorias das distantes alegorias paisagens, vinte são os que a viam e que sentiam seu cheiro perto do seio, este era o seio da mata já mata infiltrada das aguçadas belezas invejadas já tão ameaçada e perdida que aquela ave vislumbrada sentia sua energia fraca embalsamada na morta terra crescida que mordida por vezes seu verde não impressionava.

Por metros da sua casa estava à alegria da volta o habitava mais um dia se acabava, a mãe o chamava e o som da madrugada gorjeava que se era senão sua morada, na alegria da chegada muito controlada um disparo estourou e findou no peito manchada, machucada, podre derrubada por vozes inanimada o sorriso era imaginado, a andorinha pensava eles hão de curar e por certo vão lembrar sou filha da floresta destes filhos a cura do rebento cantador desfez-se o seu brilho em um último golpe findou, inevitável perdeu a vida.

As bocas mal lavadas rapidamente apavoradas esqueceram do momento de rir e um triste fim perturbou ninguém se importou ''era só uma andorinha nada mais'' quem perderia o dia a debruçá-la num terreno de rosas, a sua beleza enojava e tirava o sono da madrugada e excedia a própria vida limitada, estava como um lixo na calçada debruçada sobre o manto preto e o fio de prata que recobria suas asas, no entanto o fim.

Eram os vinte filhos que depravavam durante a madrugada pouco se lembraram de voltar à casa que a andorinha buscava, infelizmente despercebida da escuridão da madrugada entrava em outras matas habitadas e morria em seios magros um adeus breve da sua mãe que lhe dá um bom fio de terra farta de amor pra descansar no fim da jornada.

Quase meses de caminhada a desgarrada relembrava o transtorno da volta, inebriada se pôs a fazer planos do próximo ano que chegava; o verão seria longo, a calma nunca acaba a família era grande a despesa do destino e a certeza no futuro vago e a vitória conseguiria nos filhos que proporcionava gozo, o trabalho alvancava o sucesso mais a morte grudava no espírito da mata e gemeu num desabafo do brindar de um novo tédio, pisadas de calçados? É de quem menos espera na trilha de cavalos e encanto de fadas, rebuscava mais estranhos-vinte os desenganos paravam na parada e discutiam a chegada de uma andorinha abandonada que esquecida da morada encontrava o desengano; a armadilha estava armada.

Os vinte incham bestas flácidas em desejo de encontrar em algum terreiro o futuro de espíritos mal intencionados esperavam a oferenda da maldita prece mal arranjada à linda ave amada pela família de amazônicos desfrutava de dores da partida. Adeus! Glória em vida e desespero na partida informem sua ida ao paraíso das virgens, almejada desde que era a andorinha de todos os dias de todos os filhos surgidos de todos os que desprezavam as vinte bocas negras que deturparam seus desejos em práticas oriundas do lugar maldito.

landu
Enviado por landu em 02/09/2007
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