Histórias cotidianas

Às vezes nos deparamos com inúmeros problemas de ordem financeira, amorosa, social, etc; e nem nos damos conta de que isso é nada diante da vida. De onde viemos? Para onde vamos? Esses questionamentos que sempre fazem parte de nós.

Quem somos, ou quem queremos ser? E isso só vai depender da sua escolha. Muitas pessoas materialistas só querem crescer financeiramente, outras preferem achar um grande amor, mas para mim, o imprescindível é estar realizado consigo mesmo e estar feliz! E felicidade, não é almejar somente o desejado, mas sim, está em paz e poder olhar para alguém sem culpa e poder sorrir, é ajudar o próximo, nem que seja para atravessar uma velhinha no sinal, ou simplesmente ouvir um desabafo de alguém dando o ombro como apoio. É lógico que ter dinheiro é ótimo, ver um vestido maravilhoso numa vitrine e poder levá-lo, é tudo de bom!!! Amar alguém enlouquecidamente sem nenhum remorso ou pudor, é melhor ainda!!! Mas tudo isso é passageiro, aliás, todos nós somos passageiros. A vida é nosso trem e viajamos nela de maneira intensa, superficial, bondosamente ou não.

Essa balela toda que escrevo, nada mais é do que um balanço da vida (sucintamente), um diário de bordo, das coisas que acontecem em nossa vida diariamente.

Tantas pessoas importantes que passaram e passam por nós, e nem mesmo agradecemos por isso, ou nos deixamos levar pela rotina sem dizer o quanto “ela (as)” nos foi (ram) importante (s). Tantas situações que nos fazem pensar o quanto a vida é maravilhosa ou o quanto ela é uma “merda” (falo isso quando lembro da política, das guerras, de situações problemas que nos deixam impotentes) mas que poderemos ou não modificá-las se quisermos.

O certo é que não devemos deixar a vida passar sem ter uma história para contar, essa estória de que para sermos realizados, devemos plantar uma árvore , ter um filho e escrever um livro, procede! (embora acredite que realizações pessoais abrange muito mais que isso) Eu mesma, já realizei dois desses desejos, falta apenas o livro, mas esse não sei quando sai.

Se deixar, passo o tempo todo falando e escrevendo (mas o livro continua ainda interminável na pasta do meu computador) deveria ser mesmo jornalista (aliás na adolescência, isso me passou pela cabeça) mas preferi as Letras e agora a Psicologia, acho que isso dá conta do tanto que falo e escrevo e explicá-se também. (Quem me conhece sabe que sou assim)

Essa crônica meio “torta” é uma espécie de “desabafo noturno” e agradecimento pela vida, por tudo que já me aconteceu, por todas as pessoas (TODAS MESMO!!!) que passaram por mim, (boas e más) por todo sofrimento, pois dele pude transformar em aprendizado e força para seguir em frente. Por todas as alegrias sentidas, pois elas me deram estímulo. Enfim...

Viver é a melhor coisa que existe, e contar a nossa história é muito bom também. Por isso, viva! sorria, chore, grite, sofra, ame... não deixe a vida passar em branco, dê sentido a ela, escreva seu nome na vida das pessoas, pois dessa vida, não levamos nem deixamos nada, apenas lembranças!!!

* Talvez a maioria de nós escreva sua própria história...

... a medida que o tempo passa...

...mas outros parecem ter vidas já moldadas e planejadas...

...inevitáveis...

...perfeitas como círculos. E algumas vidas, formam um círculo perfeito...

...outras são modeladas de modos nem sempre compreensíveis.

A perda faz parte da minha jornada.

Mas também me mostrou o que é precioso.

Assim como o amor, ao qual só posso ser grata.

* Texto retirado do filme “Uma carta de amor”