🔲 CADEIRA DE BALANÇO 

Penso seriamente em comprar uma cadeira de balanço e levá-la a um local bem perto da natureza para descansar, ler um bom livro, mexer no meu tablet e esquecer nesses instantes um pouco das agruras deste vasto mundão.

Cansei de sair para pagar contas, dirigir num trânsito louco, fazer compras em shoppings ou supermercados e ser incomodado por assaltantes, pedintes e pivetes a quase todo o instante. 

Desejo respirar um ar despoluído, não mais andar em calçadas imundas e esburacadas, nem cruzar com gente para lá de estressada, além de não ser mais discriminado pelos preconceituosos, pelo simples fato de estar com uma idade avançada.

Está na hora de relaxar o corpo e fazer um cotejo do que fiz de certo e errado , por ser momento propício para uma profunda introspecção que permita pesar os prós e contras dessa minha decisão. 

Por certo que no fim das contas sairei ganhando de alguma maneira, pois não vou ficar aborrecido da forma costumeira, e levar uma vida sossegada que ponha as antigas preocupações para escanteio.

Vou colocar as minhas contas em débito automático e fazer as compras do modo que considero seja mais eficaz, preferencialmente através da entrega feita em domicílio, o que muito me apraz.

Só assistirei filmes no recesso da residência, seja através da TV ou da locadora de vídeo de minha preferência, e não comerei comida de restaurantes, lanchonetes, bares ou mesmo de uma pensão, pois agora só farei refeições preparadas no meu próprio fogão. 

Por tudo isso espero daqui em diante viver os dias que me restam na mais completa e doce quietude, por entender ser a hora de viver uma nova e grata realidade que me propicie daqui para frente muita saúde e a desejada felicidade. 

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Cronista
Enviado por Cronista em 07/08/2018
Reeditado em 07/08/2018
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