Riscos de Mortes
 
Dirigimos nossa vida virando à direita e à esquerda subindo ladeiras descendo pirambeiras até que apareça a luz vermelha. Tal e qual fazemos ao volante do nosso possante consumidor de combustíveis pelas ruas e avenidas craqueladas de buracos e crateras.

A bem da verdade digo que abandonei o volante do possante quando meus zoinhos foram visitados por cataratas que não eram do Niáraga. Mas você que diariamente engrena as marchas do seu possante sabe que não é moleza trafegar por nossas vias e rodovias.

Dirigir nossa vida também não é coisa simples e a luz vermelha para mim foi a tuberculose, depois dela nada mais é como antes. Ela foi violenta e diagnosticada quando bem avançada, foi curada mas deixou estranhas sequelas, e uma delas é medo.

Não medo de morrer ou de quase ter morrido, mas medo de ter contaminado uma porrada de pessoas antes de saber ser portador dessa desgraceira contagiosa. Das demais sequelas nada direi.

Fui relapso comigo mesmo e possivelmente tenha feito mal para um monte de pessoas. Sabia que algo estava errado comigo, emagrecia a olhos vistos, parecia um sobrevivente dos campos de concentração nazista, sem exagero.

Então, hoje eu pensei, porque contar porque não contar, porque contar porque não contar, contei-o, com uma finalidade:

Não seja relapso ao volante do possante, não seja relapso no volante da sua vida, em ambos os casos há risco de morte de vidas.



( PS: DO NOT SUE ME )

 
Yamãnu_1
Enviado por Yamãnu_1 em 16/09/2018
Reeditado em 17/09/2018
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