O Singelo

O dia está tão singelamente singelado de singelezas singelas.

Fala gramática, ortografia tão desalmada que quando quero aquebrantar o mau uso,corro pelas trombetas e só me aquieto quando sento e penso no nada inútil e incoerente. Mas é bom também o vagar de pensamentos literatos.Afinal é preciso pelo menos no domingo o descanso do hipotálamo. Faço sossegar o jumento inteligente que existe em mim.Quero o desbagaçar da laranja em plena face e deitar-me em delírio sôfrego "ao som da luz e o mar profundo"!

Eita! Saudade do meu sulzinho em polvorosa.Minha Sampa desvairada com todos os povos em mistura plena de línguas. Essas mesmas línguas inconsequentes, funestas, delirantes!

Faz falta , faz falta o recomeço de outrora, enquanto eu fecundava provas, projetos, penúrias!

E tudo se foi!

Mas tudo agora vem com força, onipotente, com graça e a mesma singeleza da singelaridade do conformismo de antes.

Mas algo de novo se sobressai. Os jumentos agora estão mais floridos, contentes. Por ora agora tudo flora!