" E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música."
 
Friedrich Nietzsche

“(...) NUNCA PRECISEI DE UM ARTISTA”
 
Nestes tempos estranhos tenho me deparado com coisas também muito estranhas por aí, mas esta declaração tão contundente de “(...) Nunca precisei de um artista” me chocou. O texto rodava numa rede social, pude vê-lo mais de uma vez, e naturalmente não estava atribuído a nenhum autor, visto que ultimamente autoria tem se tornado algo cada vez mais secundário: tudo é de todos, todos se apossam, compartilham, espalham sem refletir e tá tudo certo.

Sei que quem escreveu disse que, no Brasil os artistas pensam que são muito importantes; que já precisou de vários profissionais em várias áreas, mas de um artista nunca precisou. Fiquei pensando: qual será a interpretação, neste caso, do que seja a Arte. Dentre as inúmeras definições, todas elas importantes, eis:

“A Arte é uma forma de expressar o que cada um sente no íntimo. Ela traduz as experiências de vida, além de ser um veículo de informação. Em cada trabalho artístico é percebido uma certa tendência, um estilo de época marcado por fatos que atingem a sensibilidade do artista. O artista coloca suas emoções na obra.”

De acordo com alguns autores, como Hegel e Ricciotto Canuto e pensadores, existem várias expressões que servem para descrever diferentes manifestações de arte, que podem ser representadas em uma lista numerada, e com a evolução da tecnologia, esta é a lista mais comum nos dias de hoje:

1ª Arte - Música;
2ª Arte - Dança / Coreografia;
3ª Arte - Pintura;
4ª Arte - Escultura / Arquitetura;
5ª Arte - Teatro;
6ª Arte - Literatura;
7ª Arte - Cinema;
8ª Arte - Fotografia;
9ª Arte - Histórias em Quadrinhos;
10ª Arte - Jogos de Computador e de Vídeo;
11ª Arte - Arte digital.


Diante disso, resta perguntar: Quem nunca precisou de um artista? E para tal pergunta só há uma resposta: quem nunca precisou de um artista que agradeça sempre, e infinitamente, aos céus a dádiva de ser tão rico e tão completo, contendo em si todos os dons artísticos, a ponto de não precisar de mais ninguém.


* Obrigada, Dito, incorporei o pensamento do seu comentário à abertura deste texto, por considerá-lo perfeito.