Diferença

Diferença

Pedro Coimbra

ppadua@navinet.com.br

Segundo as estatísticas vinte e cinco mil brasileiros morrem durante o ano nas péssimas estradas brasileiras de maneira anônima.

Na última terça-feira, dia 17, um avião da TAM modelo Airbus A320, com cento e oitenta e sete pessoas a bordo, derrapou na pista do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, atravessou uma avenida e bateu em um prédio de carga e descarga da companhia aérea.. O choque provocou um incêndio e parte do prédio desabou. Este é o mais grave acidente da história da aviação brasileira e a mídia fez ampla cobertura do acontecimento.

Todos os brasileiros que pretendiam acompanhar os Jogos Pan-Americanos foram praticamente obrigados a assistir a tragédia ao vivo com todos os seus desdobramentos.

A pergunta do momento é de quem a culpa e não foi respondida pelo governo, mas pela mídia investigativa.

A pista causou o acidente? Defeito mecânico? Erro do piloto?

Vai demorar para chegarem a uma conclusão...

O país ficou paralisado com o acidente envolvendo o Airbus A320 e os apagões aéreos, de um meio de transporte considerado até hoje elitista.

Os meios de comunicação difundiram informações diversas sobre a tragédia em Congonhas e o apagão que paralisou diversos aeroportos do país.

Os passageiros estão decepcionados, furiosos e aterrorizados na hora de voar.

Passageiros chegam aos aeroportos e se convencem pessoalmente de que será melhor tomar um ônibus que enfrentar o pesadelo de esperas, falta de informação e medo.

No meio da confusão surgem histórias diversas. Como a do pastor da Assembléia de Deus, Luiz Antonio Rodrigues da Luz, vitimado no vôo 3054 da TAM, que teria dito durante uma pregação que teve uma revelação de Deus sobre centenas de pessoas mortas.

Além do sentimento de perda que atinge os familiares toda a sociedade treme nas bases porque as mortes significam um corte em projetos de vida e o acontecido nos chama a atenção para a morte, com a qual convivemos com muitas reservas.

A morte de tantas pessoas significa o que?

Depende da religião ou doutrina que você segue.

No Espiritismo a morte, natural ou acidental não é mais uma etapa de que o Espírito participa na sua longa e árdua caminhada, por experiências milenares em busca do que e perfeito.

Outras religiões cristãs rechaçam esta progressividade do Espírito, através da lei das vidas sucessivas, atendo-se pura e simplesmente, a doutrina do céu e do inferno, como a justiça das penas e gozos, após a morte física.

O grande problema brasileiro e a incapacidade do governo federal reagir de uma maneira racional logo nos primeiros momentos.

Ou o gesto obsceno de um assessor presidencial significa alguma coisa positiva?...