Lembrando do ALEFANTE
Ouvi em documentário Discovery que elefante tem memória privilegiada, que o paquiderme da raça dos elefantes não esquece das coisas passadas, que usa e abusa dessa memória para sobreviver e para morrer; pressentindo que a morte por causas naturais está próxima ele peregrina ao cemitério dos seus ancestrais e, morre. A não ser que ele encontre no caminho um Rei de Espanha, que cansado de polir suas coroas, a da cabeça e a da cama, mude de ares e vá a África mata-lo. >(caçada ocorrida em 2012)<.
Mas vamos à caça do ALEFANTE.
Sem perder tempo com detalhes do motivo da minha presença no pátio interno da escola municipal. Meados dos anos 80. Escuto a professora lá na sala de aulas dando sua aula.
- "Fulaninha", que animal é esse?
Certamente havia foto ou imagem do animal a vista da turma, pois a menina acertou sem titubear:-GIRAFA.
E assim foi até chegar a vez do Elcio. Foi tão marcante que lembro seu nome apesar da minha memória que é uma merreca ser menor que a de marreca.
-Elcio, que animal é esse?
-ALEFANTE
-Não é alefante, está errado
-É ALEFANTE SIM, MEU PAI DISSE QUE É ALEFANTE.
A partir desse ponto silêncio na sala, eu esperando o desenrolar que não veio. Fui embora sem saber. Sempre que lembro daquele dia imagino e desenrolar do caso. Imagino a professora chamando o Elcio para perto de si. Imagino o Elcio contando que esteve no zoológico com o pai. Imagino o pai atencioso dando nome aos bichos para que Elcio os soubesse, mas não consigo entender porque ALEFANTE. Teria o Elcio entendido errado, teria o pai feito uma brincadeira e esquecido de acertar a ponta solta?
Imagino a situação da professora tendo que dizer para o Elcio que o pai estava errado, caraca maluco. Quando o Elcio respondeu dizendo que o pai disse Alefante, a professora não disse aos berros que o pai do Elcio estava errado, e acredito que no o fez nem em voz baixa de forma que eu não tivesse escutado. Mas adoraria saber de que forma ela ensinou ao Elcio a coisa certa, sem denegrir a imagem do pai. Algo em mim diz que ela conseguiu.
Há exposição artística ao ar livre em algumas ruas da zona sul do Rio. Imagens tridimensionais de ELEFANTES muito fofos. É em prol da defesa dos animais irracionais maltratados. Ao esbarrar em um ELEFANTINHO na saída do Metrô lembrei do Elcio, do ALEFANTE e da professora.
Mas vamos à caça do ALEFANTE.
Sem perder tempo com detalhes do motivo da minha presença no pátio interno da escola municipal. Meados dos anos 80. Escuto a professora lá na sala de aulas dando sua aula.
- "Fulaninha", que animal é esse?
Certamente havia foto ou imagem do animal a vista da turma, pois a menina acertou sem titubear:-GIRAFA.
E assim foi até chegar a vez do Elcio. Foi tão marcante que lembro seu nome apesar da minha memória que é uma merreca ser menor que a de marreca.
-Elcio, que animal é esse?
-ALEFANTE
-Não é alefante, está errado
-É ALEFANTE SIM, MEU PAI DISSE QUE É ALEFANTE.
A partir desse ponto silêncio na sala, eu esperando o desenrolar que não veio. Fui embora sem saber. Sempre que lembro daquele dia imagino e desenrolar do caso. Imagino a professora chamando o Elcio para perto de si. Imagino o Elcio contando que esteve no zoológico com o pai. Imagino o pai atencioso dando nome aos bichos para que Elcio os soubesse, mas não consigo entender porque ALEFANTE. Teria o Elcio entendido errado, teria o pai feito uma brincadeira e esquecido de acertar a ponta solta?
Imagino a situação da professora tendo que dizer para o Elcio que o pai estava errado, caraca maluco. Quando o Elcio respondeu dizendo que o pai disse Alefante, a professora não disse aos berros que o pai do Elcio estava errado, e acredito que no o fez nem em voz baixa de forma que eu não tivesse escutado. Mas adoraria saber de que forma ela ensinou ao Elcio a coisa certa, sem denegrir a imagem do pai. Algo em mim diz que ela conseguiu.
Há exposição artística ao ar livre em algumas ruas da zona sul do Rio. Imagens tridimensionais de ELEFANTES muito fofos. É em prol da defesa dos animais irracionais maltratados. Ao esbarrar em um ELEFANTINHO na saída do Metrô lembrei do Elcio, do ALEFANTE e da professora.
O Elefante é cara sem boné