Pra chorar de rir

Esta história parece ficção, mas trata-se de um exercício para soltar a imaginação e refletir sobre a inocência que ainda paira em certas cabeças. Sou proveniente de uma família de origem humilde e meu pai é um homem muito vivido e com uma bagagem histórica bem singular, certa ocasião ele me contou que, junto de meu finado avô ele praticava a atividade de reaproveitamento de material reciclável, o popular "sucateiro". Eles rodavam as regiões mais afastadas do estado do Paraná em busca deste material.

Numa destas aventuras, eles adentraram um sítio de aspecto simples porém muito convidativo. O Residente era um senhor não menos humilde e simpático. Dada esta feita, meu avô foi direto ao assunto:

"-Vizinho, nos compramos sucata, não tem nada pra nós aí?"

"-Olha, eu vou dar uma olhadinha pra vocês."

O velho partiu em busca de algo que servisse aos dois, logo voltou com uma quantia considerável de entulho, depois de realizado o negócio, antes que pai e filho fossem seguindo viagem, o velho comenta:

"-Olha moço, eu até tinha mais entulho espalhado aí pelo sítio, mas um dia veio um comprador igual a vocês, aquele sim fez uma limpa por aqui, deu pra encher o carro. Acontece que ele não tinha dinheiro pra pagar a compra, então... ele me deixou de garantia uma fotografia do pai dele que ele trazia na carteira (o velho saca do bolso uma velha foto borrada e amarelada) inclusive, eu queria saber se vocês, de repente não reconhecem pela foto por que faz uns seis anos que ele foi e não voltou mais pra estas bandas...

Essa também entrou pros anais da história:

"-Essas notas novas de plástico é só pra facilitar a lavagem de dinheiro!!" (Terezinha Consuelo- Manicure e economista do lar)