TRANSPORTANDO DINHEIRO ENTRE BANCOS

O colega aposentado do BB, Antônio Nogueira Júnior, que gerenciou também muitas agências pelo país afora, conta-nos causos interessantes ligados ao assunto. O Nogueira adotou a praça em frente da minha casa e a mantém bem conservada. Administra também a Creche Dom Bosco.

Conta-nos que em Mato Grosso era comum suprir agências levando dinheiro também em malote, de avião, com revólver na cintura. Não havia carros-fortes , como hoje. E nunca que eu saiba nenhum bancário foi assaltado.

Há bom tempo, participei da abertura de primeira agência em uma pequena cidade. Prédio novo, máquina de lançar O PC 23. O gerente, o caixa e dois escriturários.

Passado menos de um ano, o gerente foi transferido para uma cidade maior. O caixa ficou sendo o gerente. Poucos meses após um dos escriturários foi também embora. Mais tarde, fui transferido para o BB Promissão.

O gerente ficou sozinho. Sem ninguém para aliviar a agência do dinheiro, ele pedia para a sede mandar buscá-lo. O cofre estava abarrotado, dinheiro por todo o lado...

Certo fim de semana, o gerente pegou algumas malas e lotou com as cédulas , com a família, largou tudo, e desapareceu.. Ninguém mais soube deles...

Outro dia, passados uns 40 anos, fiz uma visita àquela cidade, onde além de bancário, também fora professor.

Quando me apresentei ao pessoal num bar da cidade, disseram-me: -Sabe quem votou? O fulano... O crime prescrevera há muitos anos...

Estava morando na melhor casa da cidade. Na garagem camionete Toyota último tipo, lancha sofisticada. Não tocamos no assunto. Convidou-me a ir pescar no rancho que possuía no Paranazão.

O crime às vezes, compensa...

Yoshikuni
Enviado por Yoshikuni em 31/12/2018
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