CENAS COTIDIANAS - O FALSO JAPONES.

Numa clínica duas moças se revezam chamando pacientes para entrega de exames.

Uma delas chama:

- Giovanni Hashimoto (nome ficticio)

Um negro alto, careca, tipo segurança que estava de pé se aproxima.

A moça diz:

- Senhor, precisa aguardar chamar seu nome.

Ele: - Sim, mas você me chamou- disse com sua voz de trovão.

Ela: - Seu nome?

Ele: - Esse aqui moça, e apontou para o exame. Giovanni.

Ficou entre as moças uma troca de olhares inconveniente. Elas tinham o pré-conceito de que um afrodescendente não poderia ter um sobrenome japonês. (convenhamos é muito raro)

Depois fiquei pensando : coitado desse rapaz. Será que a vida inteira é assim? Teria que se explicar sempre? Pode ser filho adotivo ou ter um dos pais japonês e o outro negro. Pode ser que casado pegou o sobrenome da esposa. Enfim, várias possibilidades. Como seria se ele fosse viajar pro Japão? Seria preso por falsidade ideológica simplesmente por ter um nome incomum para alguém de sua raça?

Sim, eu também tenho esse "pré-conceito racial". Nunca iria imaginar.

VIVENDO E APRENDENDO.