Homens, mulheres, traições e impotência

Tem duas palavras que sempre assombraram o homem, desde dos primórdios da civilização.

Impotência e Chifre.

Tái, duas coisas que podem reduzir o homem à fragilidade de uma criança, e que ao mesmo tempo parecem não ter tanto efeito sobre as mulheres.

Veja só, meu amigo. Quase toda mulher, pelo menos até o final do século passado era treinada pela mãe, pelas avós e pelas tias a se fingir de cega e engolir seco qualquer tipo de traição dos maridos. Ser mulher traída era melhor do que ser mulher separada ou desquitada.

O desquite era praticamente uma sentença de morte social, era um tipo de ostracismo sórdido ao qual as mulheres eram submetidas.

Meu velho pai me dizia que as as pessoas sussuravam umas paras as outras quando viam uma mulher que havia se separado do marido.

"Fulana de tal é desquitada... não presta. Deus me livre"

E sequer disfarçavam as caras feias.

Já pro homem, o desquite não era nada demais. O cara voltava a ser um solteirão, chegava a ser invejado por alguns amigos, e frequentemente sequer pagava pensão para a ex mulher.

E impotência realmente nunca fez sentido para elas, por que prazer no sexo era quase uma "coisa errada" para as mulheres. Um pecado.

Ai da mulher que confessasse que gostava de transar. Pra completar, os maridos não estavam nem aí pro prazer feminino.

Na melhor das hipóteses, só se preocupavam com o prazer das amantes... A nega véia tinha mesmo era que se contentar com a beira do fogão.

Incompletude sexual e traição conjugal, as mulheres sempre passaram por cima como se não fosse nada.

Já os homens, criaram as modas sertanejas, o brega e a dor de corno por isso.

Pra mim isso prova que esse negócio de sexo frágil tá meio trocado.

Hoje, eu compartilho da opinião popular de que um homem sem chifre é um animal indefeso,

Mas quanto a impotência, Deus que me proteja desse destino.

E se por acaso me faltar essa proteção, sempre existe uma pílula azul no fim do túnel.

Deus abençoe a ciência moderna e a indústria farmacêutica...

pelo menos nesse caso.

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 28/02/2019
Código do texto: T6586093
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