Não custa semear idéia.

Dia desses recebi no zap um texto bem legal. Falava o texto de alguém que gosta muito de frutas, come várias ao dia. Isso é interessante mas não é o que interessa de fato. Interessa é que essa pessoa tinha o hábito de guardar as sementes e as replantar em lugares por onde passava e que tivesse um pedaço de terra onde a semente pudesse germinar. Eu até tenho feito algo parecido. Das frutíreras que tenho no quintal ja fiz várias mudas, principalmente de abacateiros e acerolas. Imaginem se várias, muitas pessoas se dispuserem a fazer o mesmo, semear as sementes que normalmente jogamos fora. Quantas necessidades seriam supridas, quanta fome seria amainada. E imaginem quanto oxigenio e verde e sombra teriamos. Geralmente os gestos simples e que aos olhos de alguns possa parecer simplório são os com mais chances de serem bem sucedidos. A cidade de Brasília tem muitas frutíferas espalhadas por suas ruas. Amoreira, pitangueira. Tem centenas de mangueiras em pleno eixo monumental, em frente a órgãos públicos. No princípio as pessoas tiravam as frutas ainda verdes, mas ao longo dos anos foram se educando e entendendo quão bom era ter uma fruta à mão. E a idéia foi se disseminando. Ipês roxos, amarelos e brancos também proliferaram pela cidade, e na primavera é uma festa para os olhos. Imaginem isso sendo feito em dezenas de cidades por esse Brasil afora e a dentro. As sementes saem de graça, a fartura, tão cantada em versos e prosas, tão desejada e pedida. E, aqui, agora, me ocorre algo. Imaginem fazermos uma espécie de mala direta, com troca de sementes . Lichia, limão galego, ameixa, carambola, frutos que, comum par uns é extravagante para outros, tudo tudo espalhado pelas ruas do nosso país. Está semeada a idéia. Talvez muita gente já faça isso, mas, quanto mais, melhor.