PREGUIÇA DE VIVER

Cresci ouvindo minha mãe contando uma história de uma moça que dizia: “oh preguiça de viver!” E a mãe achava aquilo um absurdo e reclamava muito.

O que mais vemos hoje em dia neste mundo urgente que é o nosso é gente com preguiça de viver, isto em todos os sentidos.

A correria do dia a dia, as repetições cotidianas, esta busca incessante pelo sucesso, são motivos gritantes desta preguiça de viver, de continuar lutando.

Talvez viver tenha se tornado difícil demais, as alegrias parecem muito efêmeras as tristezas mais profundas, e as pessoas acabam se acomodando na sua zona de conforto, que na maioria das vezes nem é confortável assim, e deixam de correr atrás dos seus sonhos, de tentar um emprego melhor, de sair de um relacionamento que não te faz feliz, de viver intensamente aquele que te faz feliz, de declarar amizades e amores sinceros, deixando tudo para depois.

Talvez todos nós precisemos de uma mãe que nos puxe a orelha diante da preguiça de viver, que nos faça enxergar além das nossas limitações, que não só nos dê aconchego sempre, mas que saiba tirar este aconchego quando este estiver nos atrapalhando a ir em busca de nossos objetivos, quando este se tornar confortável demais a ponto de nos deixar estáticos diante das oportunidades que surgem.

A acomodação do mundo atual parece vir contrária à evolução da era moderna, onde as facilidades são maiores, ou talvez seja isso o motivo desta. Os jovens parece terem sonhos cada vez mais altos, mais ousados, no entanto, poucos vão realmente atrás do que almeja.

O querer muito, muitas vezes faz com que nos conformemos com pouco demais.

Virginia Santana
Enviado por Virginia Santana em 12/05/2019
Reeditado em 12/05/2019
Código do texto: T6645653
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