ROTINEIRA
Pela incontável vez, ela se levantou, lavou o rosto, penteou o cabelo com as pontas dos dedos, vestiu um vestido qualquer e foi batalhar.
Há muito não se olhava no espelho. Pensava que se olhasse, não se reconheceria. Sabia-se doente, não de doença física, mas uma doença que lhe tomava a alma. Vivia em um poço fundo; tinha o andar felino, sempre à espreita para não perturbar outras pessoas. Vivia apartada da vida e sentia-se aprisionada. Pensava em falar, mas quem a escutaria.
Preferia o silêncio que combinava com a sua alma. Era uma mulher sem hora, perdida no tempo. Vivia por detrás do sol, (onde não havia luz). Sua ocupação era rabiscar alguns versos e buscar neles uma cura. Precisava mesmo era que o amor por si mesma lhe entrasse pela veia para sentir a VIDA.
Há muito não se olhava no espelho. Pensava que se olhasse, não se reconheceria. Sabia-se doente, não de doença física, mas uma doença que lhe tomava a alma. Vivia em um poço fundo; tinha o andar felino, sempre à espreita para não perturbar outras pessoas. Vivia apartada da vida e sentia-se aprisionada. Pensava em falar, mas quem a escutaria.
Preferia o silêncio que combinava com a sua alma. Era uma mulher sem hora, perdida no tempo. Vivia por detrás do sol, (onde não havia luz). Sua ocupação era rabiscar alguns versos e buscar neles uma cura. Precisava mesmo era que o amor por si mesma lhe entrasse pela veia para sentir a VIDA.