e minhas armas sim, são imbatíveis
“Esse ano teremos que ser advogados do óbvio” - Ele me disse em janeiro. E, de lá pra cá, sigo levantando minhas bandeiras por tudo que acredito. O que eu acredito? Além do fato de que é tão bonito quando alguém se importa com o que você sente; tão sublime habitar em pessoas onde seu coração importa e fantástico se reconhecer verdadeiro nas suas emoções, acredito que no final a gente – brasil – vai tá vibrando por descobrir cada vez mais os brasileiros.
Eu estava sentada na plateia daquele espetáculo incrível que fazia uma oração pelo fim do mundo, e enquanto me emocionava, eu pensava que a arte era capaz de salvar tudo. Que aquelas pessoas ali no palco, eram capazes de salvar o planeta.
Embora eu ainda sinta forte o embate com algumas filosofias, e dói, eu vejo o quanto é doce o olhar de quem eu encontrei na direção em que estou. E foi lá, na plateia do teatro, que eu senti: eu to preparada para esses anos, e minhas armas sim, são imbatíveis. Tem o Chico ganhando o camões, tem “Bacurau” no festival de Cannes, tem o ballet de Londrina, o artesanato da minha mãe e tem a gente – nós dois – que no final, independente de qual seja, estaremos vibrando por qualquer outro motivo que não seja esse aperto no peito desses dias desfavoráveis.
Porque é isso, e nada menos do que isso, que a gente merece. Vai meu Brasil! Vai coração! Eles não vão conseguir lhes destruir.
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#TextosDeQuinta
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“E nossa história, não estará
Pelo avesso assim
Sem final feliz.
Teremos coisas bonitas pra contar.
E até lá vamos viver
Temos muito ainda por fazer.
(...)
Apenas começamos”
(Metal Contra as Nuvens – Legião Urbana)