O Amor do Poeta

Minha tarefa nada mais é, pois, do que sucintamente arquitetar palavras extrínsecas e rememoráveis que surgem a partir do meu pensamento. Todo poeta é só, mas nunca vive só um poeta. Ele vive numa constante imaginação de um mundo irreal, de uma vida imersa em fantasias, em metáforas transcritas. Seu prazer está na solidão, pois daí escreve sem receios, sem brigas, sem disputas.

E se apaixona! Um arquiteto de palavras vive um eterno amor, não carnal, não físico, mas imaginário. Um amor que está acima de querer possuir, de ser dono ou tudo mais. O amor do poeta está escrito nas estrelas, na luz do luar. Só elas transcrevem o que realmente sente um poeta, sendo assim, nunca ninguém entenderá. Está acima de tudo e de todos.

Consegue imaginar em como seria um poeta sem amar.

Não seria poeta? Não iria versejar?