Ella tinha muito o que fazer, mas nada a distraía. O que ela esperava? De que tanto carecia? Havia em seu olhar uma espera inexplicável. Tudo em sua volta parecia triste, medíocre, feio e de mau gosto. Tinha uma vida estreita. E vivia à espera, à espreita. Por muitas vezes, quis atravessar a porta, mas a porta estava sempre fechada e não havia janelas. Não podia ser feliz, mas precisava manter a serenidade. E todas as manhãs, juntava todas as suas forças para refazer-se e viver como quem acaba de nascer.