IARA

Movimentos da direita no Brasil, sempre trataram o comunismo a ferro e fogo. O comunismo era visto pelos fanáticos religiosos no contexto “Peste, Fome e Guerra.”, e neste contexto a direita enganou, roubou e assassinou. Fiz este preâmbulo para falar da mártir Iara Iavelberg.

“Li a biografia de Iara no livro, “IARA”. Foi guerrilheira em uma época de maior angústia, entre 1964 a 1971. Desaparecidos, torturas e assassinatos, tudo em nome da Segurança Nacional.

Iara teve um casamento prematuro na flor de seus 16 anos, confundindo efetividade com amor. Daí a frustração e separação.

Na universidade militou na Organização Revolucionária Marxista Política Operária “Polop”. Colaborou com o teatro Universitário “Tusp”. Tinha ligações com a Vanguarda Armada revolucionária e “MR8”.

Foi namorada de José Dirceu e viveu um grande amor com o Capitão Lamarca. Iara era corajosa, determinada e venceu tabus até então intransponíveis na época e por tradições judaicas. Era previsto o suicídio no caso de cair nas garras da repressão, para não sofrer torturas e entregar LAMARCA, preferiu o suicídio, com um tiro no peito ao cerco do prédio onde estava.

Paulo José e Dina Sfatt: uma grande amizade. Samuel Haberkorm, o casamento frustrado . José Dirceu, o namorado inconsequente. Capitão Lamarca, um grande amor.David Iavelberg; o pai querido. Eva Iavelberg, a mãe exemplar. Raquel Rosemberg, professora de psicologia de IARA entre 1963 a 1965.”

Observação: Na época a repressão deu a aversão de suicídio de IARA. A comissão da verdade descobriu que Iara fora assassinada.

Lair Estanislau Alves.