Desapego não é desamor

A solidez de uma alma coerente é das coisas mais comoventes desse mundo. E embora eu seja a pessoa que é formada em geografia, com pós em meio ambiente, MBA em jornalismo e trabalhe no administrativo de uma universidade, estou chamando aqui de coerência aquela consciência humana da existência do outro e seu comportamento a partir dessa consciência. Qualquer ser humano, em algum momento da vida, precisaria de terapia. Inclusive os terapeutas, psicólogos e eticétera.

Estou chamando aqui de alma aquilo você é quando está sozinho.

Foram tantas terapias ... Ops! Conversas e situações reflexivas essa semana que pensando a respeito concluí: o telefone é de humanas, minha gente. “Esse negócio de resolver coisas é para quem não sabe Vinicius de Moraes de cor”, mas é necessário. E que dependendo da qualidade do diálogo – e das almas – no WhatsApp e meios técnicos, a companhia importa tanto. Me vale tanto.

O desapego não significa desamor, e a gente não deixa de pertencer a um lugar no mapa só porque decidiu andar por aí.

Se deixar de usar o canudinho plástico vai salvar o planeta, ou se o sistema capitalista seria mesmo capaz de destruí-lo, ou se minha insegurança teria energia suficiente para confundir a coerência da minha alma, tudo isso, cabe no caos da minha mente (sem vírgula) mas cheia de parênteses.

Uma coisa está certa, objetiva e transparente: o perigo está no que é raso.

Estou comovida.

#TextoDeQuinta

Marília de Dirceu
Enviado por Marília de Dirceu em 01/08/2019
Reeditado em 01/08/2019
Código do texto: T6709958
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