NADA A FAZER!

Entre muitos ditados populares, podemos refletir: estou de mãos atadas; fiz o que pude!

Temos situações na vida, que nos encontramos, na inerte condição de impotência em atitude; são aqueles momentos em que chegamos a conclusão, que observar os acontecimentos, é o que nos resta.

Sentado numa poltrona de avião; olhando a tempestade da varanda; parado num trânsito intenso; assistindo a um jogo, num estádio lotado, sem mobilidade temporal, são circunstâncias práticas, em que NADA A FAZER, é sinal de coerência, diante deste fluxo, que não depende de você decidir ou mudar o estado do que ocorre.

Assim, também ficamos sem reação, ao nos vermos em determinadas relacões humanas!

Os bloqueios sociais, afetivos existem, com ou sem explicação, onde justifica-se ou não, determinados conflitos.

O fato é que na interação entre as pessoas, de forma abrangente, temos de maneira antagônica, muitas sintonias e afastamentos, cercados, a certo tempo, por nulidade de reação individual, com possibilidade de factível entrega repentina ou, por outro lado, de distanciamento sumário, tendo em volta, na postura em si e de terceiro, a precipitação, o exagero, a ausência de motivo, para tanto ou tão pouco.

Diante de certos acontecimentos ou relações pessoais, por mais que tenhamos o que dizer, nada pode ser feito para mudar um cenário, considerando a total falta de evolução em proximidade, por eventual incompatibilidade ou interesse de diálogo possível; é como citar palavras ao vento, não resolve.

Sendo assim, muito tivemos ou teremos a nos deparar, neste molde de inércia em atuação, visto que há contextos, onde já se tentou evoluir, sem êxito ou mesmo, sequer houve a alternativa de buscar interagir, em certos temas, relevantes de abordagem e tratamento.

A sensação de impotência, se mistura a conclusão, que calar pode ser o remédio, para não degladiar determinados méritos, onde o tempo, talvez em desperdício irreparável, se encarregará de traçar o esquecimento ou simplesmente deixará os elementos externos, entre fatos e pessoas, maturar alguma mundança de situação, que alcance um estágio evolutivo, podendo também ser regressivo, ou ainda, permanecer da mesma maneira, até a vida tornar tudo mais, sem sentido ou de resultado satisfatório, para absolutamente ninguém, pois no fim, todos perdem, em troca de nada, visto que, com ou sem alguma razão, o tudo sempre se transforma em nada, ressalvando o tempo perdido, este apenas se lamenta, nada mais.

Uma certeza podemos ter: NADA A FAZER, em diversos momentos de nossa história, é a  derradeira decisão, para talvez, perceber algo, que independente de nós, possa vir a gerar o que disse, sabiamente, o poeta popular:

"Amanhã, pode acontecer tudo, inclusive nada!"

Todos nós, estamos suscetíveis a isto, que não é "privilégio" de ninguém!

O mais importante, é estarmos dispostos, SEMPRE, a dialogar, viver tudo com desejo de objetividade, de braços abertos para debater e resolver as pendências da vida, em todos os cenários que houver.

NADA A FAZER, mesmo tendo MUITO A FALAR, é uma ironia, que o destino, por vezes, nos leva a vivenciar!